23/06/2014

Cientistas não seguem procedimentos e são contaminados por antraz

Com informações da BBC e Reuters

Pelo menos 75 trabalhadores do Centro de Controles de Doenças (CDC) dos Estados Unidos podem ter sido expostos à bactéria antraz e estão recebendo tratamento.

A agência de saúde norte-americana disse que os pesquisadores de um laboratório de biossegurança de alto nível falharam ao seguir os procedimentos e não tornaram a bactéria inativa antes de entrar em contato com ela.

O CDC divulgou que a exposição ocorreu em Atlanta no final de semana e que ninguém apresenta sintomas até o momento. Uma investigação interna está em andamento.

"Isso não deveria ter acontecido", disse o médico Paul Meechan, diretor de saúde ambiental e cumprimento de segurança, à agência de notícias Reuters. "Estamos cuidando disso. Não vamos deixar que isso represente um risco à população."

Em comunicado, o CDC disse que as amostras de antraz foram transferidas de um laboratório de alta segurança para um de menor segurança em sua sede em Atlanta. "Acreditando que as amostras tinham sido desativadas, os pesquisadores não estavam usando a proteção adequada durante o manuseio do material", informou.

"A exposição não intencional foi descoberta no dia 13 de junho, quando as placas bacterianas originais foram recolhidas e foram encontradas colônias de bactérias vivas nas placas".

O CDC acredita que cerca de sete pesquisadores tiveram contato direto com o antraz, mas um número maior de pessoas pode ter sido exposto à bactéria.

Cerca de 75 pessoas estão recebendo o antibiótico ciprofloxacina e também uma vacina contra o antraz.

O período de incubação normal da doença é de cinco a sete dias. Mas Meechan disse já houve casos em que a doença se manifestou 60 dias após a exposição.

O antraz ficou conhecimento mundialmente em 2001.

Pouco depois dos ataques de 11 de setembro nos Estados Unidos, cartas com antraz em pó chegaram a organizações de notícias e escritórios dos senadores.

Vinte e duas pessoas ficaram doentes, das quais cinco morreram, mas os episódios nunca foram esclarecidos.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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