26/11/2009

Cientistas usam choques no pênis para tratar impotência

BBC

Choques contra impotência

Um estudo realizado em Israel e apresentado em um congresso de medicina sexual em Lyon, na França, indica que a impotência pode ser tratada com aplicação de choques elétricos no pênis.

Cientistas do Centro Medical Rambam, da cidade de Haifa, realizaram experiências com 20 voluntários que sofriam do problema há pelo menos três anos e conseguiram melhora em pelo menos 15 deles (75%).

Segundo Yoram Vardi, chefe do Departamento de Neurourologia da instituição, o resultado do tratamento seria melhor do que o obtido com o uso de medicamentos como o Viagra e o Cialis.

"Remédios não são uma cura - os pacientes deixam de ter atividade normal quando param de tomar. Mas, com os choques, podemos fazer algo biológico contra o problema, e os pacientes conseguem ter atividade normal mesmo depois de terminarem o tratamento", explicou o cientista.

Novos vasos sanguíneos

Em estudo com animais, já havia sido comprovado que choques de baixa intensidade estimulam o crescimento de novos vasos sanguíneos a partir de outros já existentes. Foi a partir daí que Vardi e seus colegas tiveram a ideia de tentar ajudar homens cuja impotência decorre da redução de fluxo sanguíneo em seus pênis.

"Problemas cardiovasculares são responsáveis pela disfunção erétil em aproximadamente 80% dos pacientes", afirmou Vardi.

Sem dor e nem efeitos colaterais

Segundo o cientista, na pesquisa, foram aplicados choques de "baixíssima intensidade", sentidos como uma pequena pressão no pênis.

Em cada sessão dos testes, os voluntários receberam cerca de 300 choques em cinco pontos do órgão sexual, ao longo de três minutos.

"Não tivemos registro de efeitos colaterais, nem mesmo dor", disse Vardi ao site LiveScience.

Restrições

Os cientistas agora esperam realizar novos testes usando também um grupo de controle, que receberia um tratamento falso.

Apesar de otimista, Vardi alerta que o tratamento pode ser ineficaz nos casos de impotência causada por problemas musculares, de nervos ou outros.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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