24/06/2015 Cirurgia para orelha de abano não é só estética, diz médicoCom informações da Agência BrasilA maioria das pessoas que fazem cirurgias de correção de orelha de abano busca fugir do bullying, segundo especialista no assunto, cirurgião plástico Marcelo Assis. Ele é coordenador nacional do Projeto Orelhinha, organização da sociedade civil de interesse público que há cinco anos faz mutirão de cirurgias pelo país para todas as classes sociais. "Crianças e adultos sofrem muito com o problema por causa de apelidos, humilhações na escola ou no trabalho e isso acaba gerando uma dificuldade na vida da pessoa. Então existe uma demanda muito grande na sociedade por esse tipo de cirurgia", disse. Assis ressaltou que a orelha de abano não é uma deformidade, apenas uma característica hereditária e que cerca de 3% da população têm esse excesso de cartilagem na orelha. "Outras causas [da orelha de abano] são pela posição uterina, o neném fica com a orelha dobradinha no útero e acaba nascendo com uma orelhinha aberta e outra fechada", explicou. Otoplastia Chamada de otoplastia, a cirurgia é oferecida para pessoas a partir de sete anos de idade. O projeto viabiliza subsídio de 70% do custo do tratamento. Os 30% restantes, cerca de R$1.800, são custeados pelo próprio paciente para pagar os materiais cirúrgicos, medicamentos, ajuda de custo dos profissionais envolvidos, além das despesas hospitalares, operacionais e administrativas. Há também cirurgias com 100% de gratuidade para crianças entre 7 anos e 14 anos de famílias pobres. O médico lamentou que esse tipo de operação seja considerada de estética, não sendo coberta pelos planos de saúde e raramente oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O valor da cirurgia pode chegar a R$ 8 mil. "Para nós essa é uma cirurgia social, pois o impacto que gera no pós-operatório é muito grande", destacou, "por isso existe o Projeto Orelhinha". Mais de 10 mil pessoas já foram operadas nos mutirões organizados pelo programa. A cirurgia de otoplastia é feita com anestesia local e dura cerca de 40 minutos. O paciente recebe alta médica algumas horas após o procedimento. O pós-operatório consiste no uso de uma faixa de atadura durante quatro dias. Cinco dias após a cirurgia, o paciente já pode retomar as atividades normais e usa faixa tipo bailarina apenas para dormir durante mais 25 dias. Ele não pode praticar esportes com bola ou lutas e se expor ao sol e mergulhar em piscina ou no mar por um mês. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |