| 18/02/2013
 Cola de mexilhão evita partos prematuros e melhora quimioterapiaCom informações da Agência Fapesp
 Membrana amniótica Cientistas têm estudado os mexilhões há anos. E não apenas por conta de suas propriedades nutricionais ou aplicações culinárias, mas também por um interesse especial na cola natural que produzem, o que lhes dá uma notável capacidade de se manterem grudados nas rochas. O maior objetivo está nas aplicações da cola biológica na medicina. No final do ano passado, um grupo de pesquisadores do Canadá mostrou que a força de adesão dessa cola pode ser usada para reforçar as paredes dos vasos sanguíneos humanos. Agora, uma equipe da Universidade Northwestern (EUA) demonstrou que o material pode ser usado para o reparo de membrana amniótica e como polímeros para o transporte de medicamentos no tratamento de tumores. Cola biológica "A adesão dos mexilhões é um processo notável que envolve a secreção de uma proteína líquida que se endurece rapidamente na forma de um adesivo sólido e resistente à água," disse Phillip B. Messersmith, coordenador do estudo "Diversos aspectos desse processo natural nos inspiraram a desenvolver materiais sintéticos. Uma aplicação importante pode estar no reparo de tecidos do corpo humano, nos quais a água está presente e dificulta bastante as tentativas de tratamento," completou. Os "pés" do mexilhão comum (Mytilus edulis), muito comum na costa brasileira, produzem uma cola cujo componente-chave é uma família de proteínas que contêm concentração elevada do aminoácido DOPA (dihidroxifenilalanina). Os pesquisadores conseguiram agora sintetizar essa proteína, compondo uma cola líquida que se solidifica e adere ao tecido úmido dos tecidos humanos. Cola médica A principal aplicação estudada até agora é a reparação da membrana amniótica. O rompimento prematuro da membrana amniótica pode ocorrer espontaneamente ou em conjunto com um procedimento cirúrgico. As membranas têm capacidade limitada de se recuperar dessas rupturas e o resultado é frequentemente o parto prematuro ou outras complicações sérias. O material injetável é uma mistura de duas soluções diferentes que, quando combinadas, formam um selante em cerca de 10 a 20 segundos. Outra aplicação possível é o transporte de drogas antitumorais. Um dos formatos das moléculas do polímero bioinspirado tem uma forma adequada para transportar medicamentos, com a particularidade de serem estáveis e inativos na corrente sanguínea. Sensíveis ao pH local, essas partículas são ativadas pelo meio mais ácido das áreas com tumores, onde liberam as drogas.  Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL:   A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.Copyright 2006-2023 www.diariodasaude.com.br. Cópia para uso pessoal. Reprodução proibida.
 |