30/04/2012

Colegas inteligentes na escola ajudam garotas e prejudicam garotos

Redação do Diário da Saúde

Colegas inteligentes

Há uma eterna discussão entre os especialistas em educação se é válido separar alunos em salas diferentes de acordo com o rendimento individual.

Um novo estudo coloca novos elementos nesse debate.

Ocorre que as garotas se beneficiam significativamente da interação na escola com colegas intelectualmente brilhantes.

Por outro lado, a convivência com esses colegas mais inteligentes pode ser prejudicial para os meninos.

"Nossos resultados mostram que uma redução de 10% no número de colegas 'difíceis' é associado com um aumento de 10% no rendimento de toda a sala," explica o Dr. Victor Lavy, da Universidade de Warwick (Reino Unido).

Por outro lado, um aumento de 10% no número de colegas bons só resultou em elevação do rendimento das meninas da sala.

Alunos divididos por capacidade

Embora as diferenças entre os resultados para meninos e meninas sejam surpreendentes, é impossível dizer se eles dão suporte à ideia de divisão dos estudantes por capacidade, afirma o Dr. Lavy.

"Se, por exemplo, dividimos a turma em dois grupos por capacidade, meninos e meninas no grupo inferior vão apresentar um declínio significativo no desempenho acadêmico.

"Já no grupo superior, as meninas vão se beneficiar e melhorar a sua aprendizagem, enquanto os meninos não serão afetados," explica ele.

Classificação dos alunos

Os alunos foram classificados em termos de habilidades, tanto cognitivas, quanto de relacionamento.

Os resultados mostraram que os 5% inferiores - as crianças mais difíceis e de menor rendimento escolar - têm um efeito negativo significativo sobre todos os seus colegas.

Por outro lado, as crianças entre os 5% superiores dessa escala têm efeito positivo sobre as meninas e efeito negativo sobre os meninos.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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