18/12/2019

O que você sabe sobre a doação de medula óssea?

Com informações do Ministério da Saúde
Como é a doação de medula óssea?
Há mais de cinco milhões de doadores no Brasil, mas também há 850 pacientes aguardando um doador não aparentado. [Imagem: Divulgação]

Transplante de medula óssea

A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa o interior dos ossos, sendo conhecido popularmente por "tutano".

Na medula óssea são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas. Pelas hemácias, o oxigênio é transportado dos pulmões para as células de todo nosso organismo e o gás carbônico é levado destas para os pulmões, a fim de ser expirado. Os leucócitos são os agentes mais importantes do sistema de defesa do nosso organismo, defendendo-nos das infecções. As plaquetas compõem o sistema de coagulação do sangue.

Já estão em desenvolvimento medulas ósseas artificiais e até substâncias para substituir a medula óssea, mas atualmente o transplante é a opção de tratamento recomendada em muitos casos de doenças que afetam essas células, como as leucemias e linfomas.

O procedimento consiste na substituição de uma medula óssea doente ou deficitária por células normais desse tecido, para que se possa reconstituir uma medula nova e saudável.

Doadores de medula óssea

Existem dois tipos de doadores de tecidos de medula óssea: o doador falecido e o doador vivo.

O doador falecido é o paciente que evoluiu para morte encefálica ou parada cardíaca durante a sua internação hospitalar. A vontade de ser doador deve ser comunicada em vida à família, pois a doação ocorrerá após o óbito e a retirada do tecido só poderá ser feita mediante autorização, por escrito, do parente mais próximo ou responsável legal.

O doador vivo pode ser um voluntário saudável ou um paciente que será submetido à cirurgia para colocação de prótese de quadril, na qual é retirada a cabeça femoral. Para ser doador neste caso, o paciente deverá autorizar a utilização da cabeça femoral pelo banco de tecidos através de consentimento informado.

A doação por doador saudável é feita em centro cirúrgico, sob anestesia, e tem duração de aproximadamente duas horas. São realizadas múltiplas punções, com agulhas, nos ossos posteriores da bacia e é aspirada a medula. Retira-se um volume de medula do doador de, no máximo, 15%. Esta retirada não causa qualquer comprometimento à saúde.

Como é a doação de medula óssea?
Ainda em desenvolvimento, a medula óssea artificial é feita cultivando células-tronco em um material de suporte especial.
[Imagem: C. Lee-Thedieck/KIT]

Há um outro método de doação chamado coleta por aférese. Nesse caso, o doador faz uso de uma medicação por cinco dias com o objetivo de aumentar o número de células-tronco circulantes no seu sangue. Após esse período, a pessoa faz a doação por meio de uma máquina de aférese, que colhe o sangue da veia do doador, separa as células-tronco e devolve os elementos do sangue que não são necessários para o paciente. Não há necessidade de internação nem de anestesia, sendo todos os procedimentos feitos pela veia.

Por fim, há a doação do cordão umbilical. O sangue de cordão umbilical é rico em células-tronco hematopoéticas, que são aquelas capazes de produzir os elementos fundamentais do sangue (as hemácias ou glóbulos vermelhos, os leucócitos ou glóbulos brancos e as plaquetas), essenciais para o transplante de medula óssea.

Atualmente, o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) conta com mais de cinco milhões de doadores inscritos, mas também há 850 pacientes aguardando um doador não aparentado.

Como se tornar um doador de medula óssea?

O primeiro passo para se tornar um doador é procurar um hemocentro e agendar uma consulta de esclarecimento ou palestra sobre doação de medula óssea.

O voluntário à doação irá assinar um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) e preencher uma ficha com informações pessoais.

Será retirada uma pequena quantidade de sangue (10ml), que será analisado por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório para identificar suas características genéticas, que serão então cruzadas com os dados de pacientes que necessitem de transplantes para determinar a compatibilidade.

Quando houver um paciente com possível compatibilidade, o doador será consultado para decidir quanto à doação. Em caso positivo, para seguir com o processo de doação serão necessários outros exames para confirmar a compatibilidade e uma avaliação clínica de saúde do doador.

Mais informações podem ser obtidas no site do Redome, no endereço http://redome.inca.gov.br.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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