12/09/2011

Como sabemos que se trata de um ser vivo quando vemos um?

Redação do Diário da Saúde

Reconhecendo a vida

Vá ao zoológico que você facilmente comprovará o seguinte: um ser humano pode nunca ter visto determinado animal, mas tão logo veja um ser vivo, ele jamais o confundirá com uma coisa não-viva.

Uma nova pesquisa agora lançou as primeiras luzes sobre como os seres humanos detectamos visualmente um ser vivo, mesmo que ele não seja imediatamente reconhecível como um animal ou outro ser humano.

De acordo com os cientistas, dois movimentos específicos devem estar presentes para que isso aconteça: o movimento deve acontecer perto do chão e tem de imitar o que nós consideramos ser a aceleração real da gravidade.

Amigo, caçador ou caça

"Para sobreviver, temos de ser capazes de detectar a presença de um ser vivo no nosso ambiente visual, independentemente de se tratar de um ser humano companheiro, um predador potencialmente perigoso ou mesmo uma caça," diz Niko Troje, da Universidade Queens, no Canadá.

"Para isso, nós precisamos de uma forma de detectar a vida que seja independente da forma particular de um animal ou pessoa," completa.

Os seres humanos podem detectar corretamente a direção do movimento de uma figura gerada por computador na posição vertical, mas se perdem quando a figura é virada de cabeça para baixo.

Isso sugere que nosso sistema visual é ajustado para algumas pistas de detecção da vida muito específicas.

Estratégia visual para a vida

Usando figuras simples geradas por computador, criadas com pontos que representam as articulações do corpo, a equipe do Dr. Troje descobriu que o nosso sistema visual segue uma estratégia inteligente.

Se um único ponto está se movendo no sentido horário, o caminhante parece estar virado para a direita. Da mesma forma, se um ponto se move no sentido anti-horário, o caminhante parece estar com a face virada para a esquerda.

No entanto, para realmente ser aceito pelo sistema visual como indicando a direção de movimento de um ser vivo, os pontos também precisam estar próximos ao solo e precisam se mover de uma forma que imita a aceleração da gravidade.

Usando apenas estes dois fundamentos, a equipe do Dr. Troje criou imagens em uma tela que são percebidas pelos espectadores como um ser vivo, apesar do fato de que elas não se parecem com qualquer ser vivo conhecido e não contêm quaisquer outras pistas a respeito de sua direção.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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