21/10/2008

Componentes do vinho são usados para criar cerveja anticâncer

Redação do Diário da Saúde

Estudantes e cerveja

Estudantes universitários freqüentemente passam seu tempo livre tomando cerveja, mas um grupo de estudantes da Universidade Rice (Estados Unidos) está levando essa "ocupação" para um novo patamar.

Eles estão usando engenharia genética para criar uma cerveja que contém resveratrol, um composto químico presente no vinho que se mostrou capaz de reduzir o câncer e doenças do coração em animais de laboratório.

Cerveja anticâncer

A "biocerveja" está sendo desenvolvida para participar de uma competição internacional de engenharia genética, que acontecerá de 8 a 9 de Novembro, em Massachusetts. Curiosamente, nenhum dos pesquisadores juniores da equipe que está desenvolvendo a nova cerveja geneticamente modificada possui idade sequer para tomar cerveja comum em bares.

O trabalho consistiu em criar uma versão geneticamente modificada da levedura que irá fermentar a cerveja e produzir resveratrol simultaneamente. Contudo, a cerveja anticâncer ainda conterá uma série de "marcadores" químicos que não deverão deixar seu sabor muito agradável. Além disso, ainda não existe nenhuma versão de levedura geneticamente modificada que tenha sido aprovada para uso humano.

"Em resumo, ainda se passará muito tempo antes que alguém possa consumir nossa cerveja," diz o estudante Thomas Segall-Shapiro.

Composto químico do vinho

Mas o que torna a pesquisa promissora é o fato de que vários estudos descobriram que esse composto, que ocorre naturalmente no vinho, tem efeitos anticâncer, anti-inflamatórios e benefícios cardiovasculares para camundongos e outros animais de laboratório.

Embora ainda não esteja claro se os humanos desfrutam dos mesmos benefícios, o resveratrol já é vendido como complemento vitamínico e alguns cientistas acreditam que ele desempenha um papel fundamental no "paradoxo francês," a observação aparentemente contraditória de que os franceses apresentam baixas taxas de doenças do coração apesar de terem uma dieta rica em ácidos graxos.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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