01/02/2021
Conhecer as pessoas certas ajuda, mas também tem seu custo
Redação do Diário da Saúde
Conhecer as pessoas certas pode ter seus benefícios, mas também certamente terá seus custos.[Imagem: Peter H/Pixabay]
Custos e benefícios
Há um ditado comum que diz que conhecer as pessoas certas é o segredo para a riqueza e o sucesso.
Ocorre que, assim como quase tudo que conseguimos imaginar, há um outro lado da moeda: Às vezes, as conexões sociais podem ser prejudiciais.
A conclusão veio quando a pesquisadora Lijun Song, da Universidade de Vanderbilt (EUA), propôs-se a examinar como as teorias do "capital social" e do "custo social" predizem a satisfação com a vida de um indivíduo.
E ela explorou também como essas dinâmicas operam nas culturas coletivistas na China urbana e em Taiwan, em comparação com o sistema individualista dos Estados Unidos.
"Uma das ideias mais antigas é que se trata não do que você conhece [do seu conhecimento], mas de quem você conhece," comentou Song. "Conhecer pessoas em cargos altos e diversos deve ser uma coisa boa e aumentar a satisfação de vida de um indivíduo se seguirmos a teoria do capital social."
Mas os dados começaram a mostrar que nem sempre é bem assim, com o surgimento de comparações negativas com os conhecidos de maior status e pesados investimentos em relacionamentos que não têm um resultado benéfico. Isso fez Song propôr a teoria do custo social, que prevê as consequências negativas dessas conexões sociais "de alto escalão".
A pesquisadora não defende que uma ou outra teoria esteja certa - capital social versus custo social -, mas que ambas se juntam para explicar os dados. Em outras palavras, o status das pessoas que um indivíduo conhece "desempenha um papel de dois gumes - protetor e prejudicial - para a saúde e o bem-estar".
Cenário cultural
E os impactos positivos e negativos dos contatos de elevado status social para a satisfação com a vida se manifestaram independentemente do cenário cultural, seja em culturas coletivistas, seja em uma cultura individualista.
Na pesquisa realizada nas três sociedades, Song encontrou mais evidências para a teoria do custo social nas sociedades asiáticas do que nos Estados Unidos. Por outro lado, os resultados sugerem que a teoria do capital social desempenha um papel maior nos resultados de satisfação com a vida nos Estados Unidos. Nos dois tipos de culturas, o status esteve mais intimamente relacionado a dois domínios de satisfação pessoal: situação financeira e relacionamentos.
"Falando teoricamente, a teoria do custo social pertence mais ao domínio financeiro, e a teoria do capital social pertence mais aos domínios do relacionamento com os mais próximos e com a vida conjugal," concluiu Song.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
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