03/09/2015

Consumidores não veem rótulo de transgênicos como alertas negativos

Redação do Diário da Saúde

Rótulos de transgênicos

A exigência de rotulação dos alimentos geneticamente modificados não assusta os consumidores e não funciona como forma de evitar que eles comprem produtos com ingredientes transgênicos.

As conclusões, baseadas em cinco anos de dados, foram apresentadas durante a conferência anual da Associação de Economia Agrícola Aplicada, em São Francisco (EUA).

Os pesquisadores centraram-se na relação entre duas questões principais: se as pessoas se opõem aos produtos alimentícios contendo organismos geneticamente modificados; e se elas acham que os produtos que contêm transgênicos devem ser rotulados.

Saber e ser contra são coisas diferentes

As respostas variaram ligeiramente por grupos demográficos. Por exemplo, dada a preferência pela rotulagem dos transgênicos, a oposição aos OGMs diminuiu entre as pessoas com baixos níveis de educação, em famílias monoparentais e entre a população de maior renda. A oposição aos OGMs foi maior entre os homens e entre as pessoas na categoria de renda média.

Os resultados não mostraram nenhuma evidência de que as atitudes para com os transgênicos sejam reforçadas - seja positiva, seja negativamente - devido à preferência pela adoção de rótulos que indicam que o produto contém ingredientes geneticamente modificados.

Em média, em todos os cinco anos do estudo, 60% dos entrevistados disseram se opor ao uso da tecnologia de organismos geneticamente modificados (OGM) na produção de alimentos, e 89% são favoráveis à rotulagem dos produtos alimentares que contenham ingredientes transgênicos. Estes números têm aumentado ligeiramente desde 2003 - em 2015 as porcentagens foram de 63 e 92%, respectivamente.

"Quando você olha para a oposição dos consumidores para a utilização de tecnologias transgênicas em alimentos e leva em conta a rotulagem, verificamos que, no geral, a rotulagem não tem impacto direto sobre a oposição. E a rotulagem aumenta o apoio aos transgênicos em alguns grupos demográficos," disse Jane Kolodinsky, da Universidade de Vermont, líder da pesquisa.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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