21/10/2021

Cor específica e segura de luz UV destrói rapidamente vírus da covid-19

Redação do Diário da Saúde
Cor específica e segura de luz UV destrói rapidamente vírus da covid-19
Luz ultravioleta sendo emitida por uma lâmpada de cloreto de criptônio, alimentada por moléculas que se movem entre diferentes estados de energia.[Imagem: Linden Research Group/CU Boulder]

UV contra a pandemia

Um comprimento de onda específico de luz ultravioleta (UV) não é apenas extremamente eficaz em matar o vírus que causa a covid-19, como também é seguro para uso amplo em espaços públicos.

Este é o primeiro esforço para analisar de forma abrangente os efeitos dos diferentes comprimentos de onda da luz ultravioleta no SARS-CoV-2 e outros vírus respiratórios, incluindo o único comprimento de onda dessa luz que é mais seguro para os seres vivos serem expostos sem proteção.

Os resultados, que os pesquisadores chamam de "uma virada do jogo" para o uso da luz ultravioleta, podem permitir o desenvolvimento de novos sistemas acessíveis, seguros e eficazes para reduzir a propagação viral em espaços públicos lotados, como aeroportos, ônibus e trens e salas de cinema e espetáculos.

"De quase todos os patógenos que já estudamos, este vírus [SARS-CoV-2] é um dos mais fáceis, de longe, de matar com luz ultravioleta. É necessária uma dose muito baixa. Isso indica que a tecnologia ultravioleta pode ser uma solução realmente boa para proteger espaços públicos," destacou o professor Karl Linden, da Universidade do Colorado em Boulder (EUA).

Protocolos de segurança para luz UV

A luz ultravioleta é emitida naturalmente pelo Sol e a maioria das suas cores (ou comprimentos de onda) são prejudiciais aos seres vivos - por sorte, isso vale também para os microrganismos, como os vírus.

Essa luz pode ser absorvida pelo genoma do organismo, gerando verdadeiros nós no DNA e impedindo que o organismo se reproduza. Esses comprimentos de onda nocivos do Sol, no entanto, são filtrados pela camada de ozônio antes de atingirem a superfície da Terra.

Alguns produtos comuns, como lâmpadas fluorescentes, geram luz ultravioleta artificial, mas um revestimento de fósforo branco no interior protege as pessoas dos raios UV.

"Quando retiramos essa camada, podemos emitir esses comprimentos de onda, e eles podem ser prejudiciais para nossa pele e nossos olhos - mas também podem matar patógenos," disse Linden. O problema é que essas lâmpadas comuns emitem todas as "cores" de ultravioleta. Assim, a equipe está trabalhando em lâmpadas que emitam apenas as cores UV seguras.

Os hospitais já usam a tecnologia de luz ultravioleta para desinfetar superfícies em espaços onde não há pessoas, utilizando robôs que podem emitir luz ultravioleta em salas de cirurgia e quartos quando eles não estão sendo utilizados.

Mas apenas agora as autoridades de saúde estão desenvolvendo os protocolos necessários para aplicar esses comprimentos de onda seguros do UV. Por isso, o Dr. Linden adverte contra o uso de quaisquer dispositivos pessoais ou "germicidas" nos quais uma pessoa seja exposta à luz ultravioleta, uma vez que nenhum equipamento comprovadamente seguro chegou ainda ao mercado.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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