18/02/2020

Covid-19: Menos de 5% dos casos são graves

Com informações da BBC

Balanço do novo coronavírus

Autoridades de saúde da China publicaram as primeiras informações mais detalhadas sobre mais de 70 mil casos confirmados e suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), causador da febre Covid-19, no maior estudo já feito sobre a doença desde o início do surto, em dezembro.

Dados do CCDC (Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China, na sigla em inglês) apontam que mais de 80% dos casos analisados são brandos, e que os grupos de riscos envolvem principalmente pessoas com doenças preexistentes e idosos.

A província mais afetada do país é Hubei, cuja capital é Wuhan. Segundo o CCDC, a taxa de mortalidade da doença naquela região é de 2,9%, ou seja, cerca de 3 óbitos em cada 100 infectados. No restante do país, a taxa registrada foi de 0,4%, ou seja, os mesmos 3 óbitos ocorreriam em um grupo de 750 infectados. Na média, a taxa geral de mortalidade ficou em torno de 2,3%, mostrando a concentração da doença na região de Wuhan.

Veja as principais conclusões anunciadas:

  • 80,9% das infecções são consideradas brandas, 13,8%, severas e 4,7% graves.
  • O grupo com a mais alta taxa de mortalidade reúne pessoas com 80 anos ou mais: 14,8%.
  • Para pessoas com até 39 anos, a taxa de mortalidade é de 0,2%.
  • Para os segmentos etários seguintes, essa taxa cresce gradualmente: na faixa dos 40, é de 0,4%; na dos 50, é de 1,3%; na dos 60, é de 3,6%; e na dos 70, é de 8%.
  • Não foram registradas mortes de crianças de até 9 anos.
  • A taxa de mortalidade é 2,8% entre homens e 1,7% entre mulheres.
  • Doenças cardiovasculares, diabetes, doenças respiratórias crônicas e hipertensão são doenças preexistentes que aumentam mais o risco de morte.
  • Há um elevado risco de morte entre os profissionais de saúde envolvidos no atendimento aos doentes, com 3.019 profissionais de saúde infectados e 5 óbitos.

A pesquisa analisou 72.314 casos de Covid-19 ao redor da China até 11 de fevereiro, incluindo casos confirmados, suspeitos e assintomáticos (sem sintomas).

O levantamento aponta que a "curva epidêmica do início dos sintomas" teve um pico entre 23 e 26 de janeiro, antes de cair até o dia 11 de fevereiro, última data analisada no estudo.

Os pesquisadores sugerem que a tendência de queda nessa curva pode significar que "o isolamento de cidades inteiras, a divulgação de informações essenciais (como a importância da higiene das mãos, o uso correto de máscaras e a busca por ajuda médica) em alta frequência por meio de diversos canais e a mobilização de equipes multidisciplinares de resposta ágil estão ajudando a conter o surto".

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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