18/08/2014

Cremes para pele podem conter elevadas doses de mercúrio

Redação do Diário da Saúde
Cremes para pele podem conter elevadas doses de mercúrio
Algumas pessoas estão passando o tóxico mercúrio no rosto e até mesmo injetando cremes com o metal pesado.[Imagem: Wikipedia/Rotatebot]

Enquanto a maioria dos países tenta livrar-se da poluição pelo mercúrio, algumas pessoas estão esfregando-o no rosto e até mesmo injetando no próprio corpo cremes com o metal pesado.

Embora o mercúrio possa clarear a pele, eliminando manchas escuras e até mesmo acne, as pesquisas mostram que o líquido prateado pode causar uma série de problemas de saúde, incluindo deterioração cognitiva, danos nos rins, dores de cabeça, fadiga, tremores nas mãos, depressão e outros sintomas.

"Nos EUA, o limite de mercúrio em produtos é de 1 parte por milhão. Em alguns desses cremes, encontramos níveis tão altos quanto 210 mil partes por milhão," relatou o Dr. Gordon Vrdoljak, do Departamento de Saúde Pública da Califórnia.

"Se as pessoas usarem o produto com regularidade, suas mãos vão exalá-lo, ele vai entrar na sua alimentação, ficar nas suas mesas e nos lençóis que seus filhos dormem," denunciou ele.

Concentração de mercúrio

O problema é que é muito difícil identificar os produtos com mercúrio e medir sua concentração.

A boa notícia é que o Dr. Vrdoljak e sua equipe acabam de criar uma nova técnica capaz de fazer isso de forma rápida.

Vrdoljak criou um instrumento que usa uma técnica chamada reflexão total de fluorescência de raios X.

A máquina pode medir o teor de mercúrio nas amostras com muito mais eficiência e precisão do que os métodos atuais.

"Testar um produto usando a técnica antiga pode levar dias," disse ele. "Com o novo instrumento, eu posso rastrear 20 ou 30 amostras em um dia com bastante facilidade. Identificando os produtos que contêm mercúrio, podemos instruir as pessoas para removê-los e limpar suas casas."

A expectativa é que a nova técnica possa ser incorporada em aparelhos de fácil uso, que possam chegar aos laboratórios de análise o quanto antes.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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