10/04/2015

CTNBio aprova plantio de eucalipto transgênico

Com informações da Agência Brasil

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) manteve sua tradição de aprovar todos os pedidos de liberação de organismos transgênicos que lhe são submetidos.

Recentemente, a conceituada revista científica Nature publicou uma reportagem afirmando que o Brasil está fazendo uma feijoada transgênica.

Ouvido pela revista, o presidente da CTNBio, Edison Paiva, afirmou que é impossível garantir segurança absoluta dos transgênicos, inclusive daqueles usados para alimento humano.

Os estudos científicos mostram também que não há ainda informações suficientes para embasar a soltura de animais transgênicos no meio ambiente, mas isso não impediu que a CTNBio aprovasse a liberação de pernilongos geneticamente modificados no país.

Eucalipto transgênico

Agora foi a vez do eucalipto transgênico, da FuturaGene Brasil Tecnologia Ltda, empresa de biotecnologia da Suzano Papel e Celulose.

A espécie liberada é a Eucalyptus spp L., contendo um gene da planta Arabidopsis thaliana.

Com a decisão, o Brasil é o primeiro país liberar o eucalipto geneticamente modificado, segundo informou a empresa. segundo os técnicos da FuturaGene, o eucalipto modificado tem 20% mais de produtividade.

Danos ao mel brasileiro

Em março deste ano, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou uma unidade de pesquisa em Itapetininga, interior paulista, onde a FuturaGene e a Suzano Celulose desenvolvem a espécie geneticamente modificada, em protesto contra a liberação de uma variedade transgênica de eucalipto.

Em Brasília, militantes ocuparam o escritório da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). De acordo com o MST, a variedade consome mais água que as plantas naturais e coloca em risco a produção brasileira de mel, que tem no eucalipto uma de suas fontes de produção.

Líderes do movimento temem que, com a introdução do transgênico, as abelhas contaminem a produção com os elementos da nova variedade. Assim, o mel nacional poderia sofrer restrições no mercado internacional, além de possíveis ameaças à saúde dos consumidores e das abelhas.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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