25/09/2025

Cientistas curam sintomas do autismo em camundongos

Redação do Diário da Saúde
Cientistas curam sintomas do autismo em camundongos
O estudo também documentou a conexão entre autismo e epilepsia. [Imagem: Diário da Saúde/Gerado por IA]

Cura do autismo?

A hiperatividade em uma região específica do cérebro pode levar a comportamentos comumente associados ao transtorno do espectro autista.

Sung-Soo Jang e colegas da Universidade de Stanford (EUA) identificaram o núcleo reticular talâmico - que serve como um guardião das informações sensoriais entre o tálamo e o córtex - como um alvo potencial para novas abordagens terapêuticas para o autismo.

Indo além da identificação da área alvo, eles conseguiram reverter sintomas semelhantes aos do autismo administrando medicamentos que "desligam" essa área do cérebro. Os sintomas suprimidos incluem a suscetibilidade a convulsões, uma maior sensibilidade a estímulos, o aumento da atividade motora, comportamentos repetitivos e a diminuição das interações sociais. Todos os experimentos foram feitos em camundongos.

A equipe usou medicamentos que estão sendo estudados para o tratamento da epilepsia, destacando onde os processos subjacentes aos transtornos do espectro autista e à epilepsia podem se sobrepor no cérebro e por que eles geralmente ocorrem nos mesmos pacientes.

A epilepsia é muito mais prevalente em pessoas com autismo do que na população em geral - 30% versus 1% - embora não saibamos ainda o porquê dessa associação. Reconhecendo essa conexão, os pesquisadores testaram um medicamento experimental para convulsões, o Z944, e descobriram que ele reverteu défices comportamentais no modelo murino com autismo.

Quando usaram um tratamento experimental diferente, que modifica geneticamente neurônios para responder a drogas sintéticas, conhecido como neuromodulação baseada em DREADD, os pesquisadores conseguiram suprimir a hiperatividade no núcleo reticular talâmico e reverter défices comportamentais nos animais. Eles conseguiram até mesmo induzir esses défices comportamentais em camundongos normais aumentando a atividade no núcleo reticular talâmico.

Agora começa o longo trabalho de tentar identificar as mesmas rotas funcionando no ser humano.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

URL:  

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2023 www.diariodasaude.com.br. Cópia para uso pessoal. Reprodução proibida.