09/04/2015

Curativo inteligente monitora e evita ferimentos

Redação do Diário da Saúde
Curativo inteligente monitora e evita ferimentos
O curativo inteligente usa uma técnica de impressão similar à jato de tinta, usando tintas condutoras e um substrato de plástico. [Imagem: Sarah L. Swisher et al. -10.1038/ncomms7575]

Pesquisadores do Instituto de Física de São Carlos, da USP, desenvolveram um circuito eletrônico flexível capaz de monitorar a cicatrização de ferimentos e até verificar se há necessidade de aplicação de algum medicamento.

Embora seu uso seja amplo, o dispositivo inovador será particularmente útil nos casos de úlceras de pressão, situações comuns em pacientes e em idosos acamados por longos períodos.

Curativo inteligente

Segundo Felippe Pavinatto, membro da equipe que desenvolveu o "curativo inteligente", o circuito flexível é simples e pode ser fabricado a baixo custo usando uma técnica similar à das impressoras jato de tinta, usando tintas condutoras e um substrato de plástico.

O princípio de funcionamento do curativo inteligente é o monitoramento do perfil elétrico, que possibilita a análise da saúde da pele, e os ferimentos refletem danos ao tecido antes mesmo de se tornarem visíveis.

No caso das úlceras de pressão, por exemplo, o circuito eletrônico permite que elas sejam detectadas ainda num estágio inicial (reversível) e evitadas, trocando o paciente de posição no momento adequado.

Os testes foram realizados em cobaias e agora a equipe prepara-se para testar o sistema inovador na pele humana.

Curativo interno

E Felippe já está trabalhando em uma nova vertente da tecnologia, juntamente com pesquisadores norte-americanos.

Desta vez, o objetivo principal é desenvolver uma versão absorvível do curativo inteligente, voltada para aplicações internas, ou seja, uma versão que possa ser implantada dentro do corpo do paciente, para que seja possível monitorar a cicatrização das feridas internas.

"Queremos que o corpo absorva os materiais dessa placa após alguns meses, depois que ela já desempenhou sua função", explica ele, acrescentando que, para isso, é necessário encontrar materiais bioabsorvíveis, tais como a tinta e o atual substrato de plástico.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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