01/02/2016

Curativo de luz alivia dor por seis horas

Redação do Diário da Saúde
Curativo com luz alivia dor por seis horas
Projetado para ser pequeno, flexível e descartável após o uso, o curativo com fototerapia utiliza fonte de luz e bateria flexíveis envoltos por uma biomembrana. [Imagem: Marcelo Pires de Sousa]

Curativo com fototerapia

Pesquisadores da USP criaram um curativo que bloqueia a dor por meio de reações fotoquímicas - reações químicas induzidas pela luz de um laser.

Depois de aplicado à pele, o curativo é comandado por um aplicativo que controla a dose e o tipo de luz exata para cada paciente.

Apesar do nome "curativo", o dispositivo é de um tipo mais conhecido como "emplastro", para atuar contra dores lombares, por exemplo, embora seja mais versátil.

A proposta é que esse curativo promova a redução e bloqueio da dor através de doses precisas de aplicação e isso, segundo os pesquisadores, é a chave do tratamento com a fototerapia.

Os resultados mostraram que o curativo reduziu a sensação da dor em quatro vezes e o efeito anestésico demorou seis horas para passar. Além disso, não foram identificados marcadores de inflamação e queimadura - o que indica ausência de efeitos colaterais.

Esse "curativo analgésico sem medicamento" foi desenvolvido por Marcelo Pires de Sousa e Elisabeth Mateus Yoshimura.

Curativo de luz

A criação do "emplastro de luz" foi possível depois que Marcelo e Elisabeth conseguiram, pela primeira vez, mapear a ação terapêutica do laser, esclarecendo os mecanismos de ação da modulação da dor.

Eles concluíram que a iluminação com laser na cor adequada reduz a dor em várias situações, em diversas partes do corpo, pois age bloqueando a troca de sinais elétricos entre os neurônios.

Projetado para ser pequeno, flexível e descartável após o uso, o produto utiliza fonte de luz e bateria flexíveis envoltos por uma biomembrana.

Foram desenvolvidos um software e aplicativo para dispositivos móveis que permitem adequar a melhor dose possível ao tratamento, levando em conta as características pessoais do usuário.

Os pesquisadores patentearam a invenção e estão recebendo apoio da USP para começar a comercializar o emplastro a laser.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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