09/10/2008

Descoberta conexão entre obesidade e câncer colorretal

Agência Fapesp
Descoberta conexão entre obesidade e câncer colorretal
[Imagem: Fapesp]

Ligação genética entre câncer e obesidade

Um estudo feito nos Estados Unidos acaba de revelar pela primeira vez uma ligação genética entre obesidade e risco de desenvolver câncer colorretal.

Segundo os autores, a descoberta pode levar à exames mais eficientes para diagnosticar um dos principais tipos de tumores que atingem tanto homens como mulheres. Os resultados da pesquisa serão publicados no Journal of the American Medical Association (Jama).

Gene adipoq

A pesquisa focou em um gene chamado adipoq, que resulta da formação do hormônio adiponectina, produzido pelo tecido adiposo. Os resultados indicaram que indivíduos que herdaram uma variante genética comum do adipoq têm 30% menos risco de desenvolver câncer colorretal.

Ou seja, aqueles que não têm a variante ou que apresentam níveis elevados de adiponectina no sangue podem ser submetidos a exames que permitam detectar a doença em estágio inicial.

Influências genéticas da obesidade

Estudos anteriores demonstraram que a obesidade é influenciada por fatores genéticos, o mesmo ocorrendo com o câncer colorretal. A nova pesquisa é a primeira a fazer uma conexão entre os três pontos: variação genética, obesidade e risco de desenvolver a doença. Um terço das pessoas que desenvolvem câncer colorretal tem histórico familiar da doença.

Os pesquisadores destacam que a relação entre os problemas pode ajudar nos esforços para diminuir a incidência do câncer colorretal por meio de atividades que combatam a obesidade, como exercícios, dieta e alimentação saudável.

"Nosso objetivo é aprimorar significativamente os exames e a detecção da doença em estágio inicial, permitindo que novos caminhos sejam abertos para compreender melhor os fatores genéticos e do estilo de vida que influenciam o risco do câncer colorretal", disse Boris Pasche, diretor da Divisão de Hematologia e Oncologia do Centro de Câncer da Universidade do Alabama, principal autor do estudo.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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