04/02/2020

Dificuldade para conversar com o pai afeta saúde de adolescentes

Redação do Diário da Saúde
Dificuldade para conversar com o pai
Há uma conexão clara entre a facilidade com que as crianças conversavam com o pai após o divórcio e as queixas de saúde anos mais tarde.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Falar com o pai após o divórcio

As dificuldades de conversação com o pai após o divórcio afetam negativamente a saúde das crianças e adolescentes em um intensidade maior do que se acreditava.

"Queríamos explorar o que acontece com a comunicação entre pais e filhos após o divórcio e como isso afeta a saúde futura das crianças," explica o professor Eivind Meland, da Universidade de Bergen (Noruega).

Ele recrutou 1.225 jovens, perguntando se eles achavam fácil ou difícil conversar com seus pais. As respostas foram classificadas de "muito fácil" a "muito difícil ou contato perdido".

Os pesquisadores também perguntaram às crianças sobre suas queixas de saúde e autoestima. As queixas de saúde incluíram vários sintomas físicos e psicológicos, como dores de cabeça, tontura, dor de estômago, ansiedade, depressão e problemas para dormir.

Os filhos responderam aos questionários em 2011 e em 2013. Em 2011, 213 deles tinham pais divorciados. Dois anos depois, o número aumentou para 270.

"O divórcio não pareceu afetar a maneira como eles se comunicam com a mãe, mas está fortemente ligado às dificuldades de conversação com o pai," contou Meland.

Dificuldade para conversar com o pai

Os pesquisadores observaram uma conexão clara entre a facilidade com que as crianças conversavam com o pai após o divórcio e as queixas de saúde anos mais tarde.

"As crianças que relataram ter perdido contato ou que acham difícil conversar com o pai após o divórcio também tiveram a maioria das queixas de saúde," disse Meland.

Também apareceu uma conexão clara entre o divórcio e as dificuldades de conversação entre filhos e pais.

"Parece que dificuldades de conversação entre filhos e pai estavam presentes também antes do divórcio, mas também vimos que o divórcio enfraquece o relacionamento entre os filhos e seus pais.

"Nossa pesquisa mostra claramente que um relacionamento forte com ambos os pais é importante para a saúde das crianças. Isso deve impactar as políticas para a família," finalizou Meland.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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