16/10/2009

Doenças da velhice devem ser prevenidas ainda na juventude

Lourenço Canuto - Agência Brasil

Prevenção começa cedo

Ao participar do 2º Congresso Brasileiro sobre Saúde e Aposentadoria, o psiquiatra Ricardo Brasil Martins chamou a atenção para a necessidade da divulgação de cuidados médicos preventivos a partir do início da idade adulta.

Ele alertou que o processo de envelhecimento tem que começar a ser acompanhado cedo, desde o início da idade adulta, pois uma série de funções do organismo começa a mudar, favorecendo o aparecimento de doenças. O médico reconheceu que o governo começa a se preocupar com a questão da saúde dos idosos, uma vez que a prevenção ainda é pouco explorada.

Qualidade de vida dos idosos

Segundo Brasil Martins, o mais comum é as pessoas procurarem o médico quando já estão doentes, por isso a cura fica mais difícil. A previsão é de agravamento do quadro atual a partir de 2025, quando haverá aumento sensível da população idosa no Brasil e no mundo. Ele defendeu a criação de políticas estratégicas de saúde para melhorar a qualidade de vida dessa faixa da população.

De acordo com o médico, os serviços de saúde, da forma como estão estruturados, não estão preparados para atender sequer a demanda atual. Na sua opinião, é necessário também melhorar a qualificação médica, além de promover um processo de entrosamento entre as diversas especialidades com vista a melhorar a saúde do idoso.

Transtornos psiquiátricos

Os idosos no Brasil são portadores de pelo menos uma doença crônica e a maioria usa regularmente pelo menos um medicamento. Entre os aposentados, um em cada três apresenta algum distúrbio psiquiátrico.

Ele recomendou que, para evitar o transtorno do atendimento psiquiátrico nos serviços de emergência, a melhor solução é a procura por ambulatórios ao aparecerem os primeiros sintomas.

Orientação nutricional

O idoso precisa receber orientação nutricional diferenciada, conforme Martins. É frequente esse público sofrer de doenças apenas aparentes, que na verdade são efeitos colaterais pelo uso excessivo de remédios, sobrecarregando o organismo.

A descalcificação óssea é um dos processos mais perigosos para o idoso, disse o médico. Os ossos ficam esponjosos, facilitando a ocorrência de fraturas, sendo a mais grave a do fêmur. Quando isso acontece, metade dos pacientes morre no espaço de um ano.

Para Brasil Martins, a aposentadoria tem que ser entendida como nova fase de reprogramação da vida do cidadão, devendo envolver necessariamente uma rotina de hábitos saudáveis e o acompanhamento da saúde.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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