02/04/2012

Dores de cabeça afetam três quartos dos adolescentes

Com informações da Agência USP

Causas da cefaleia

A dor de cabeça (cefaleia) afeta praticamente três em cada quatro jovens.

Segundo uma pesquisa realizada por médicos da USP, envolvendo estudantes com idade média de 15 anos, 72,8% deles sofrem de dores de cabeça regularmente.

O estudo mostrou que a maior ocorrência de cefaleia se encontra entre mulheres, usuários de aparelhos ortodônticos e consumidores de bebidas alcoólicas.

O trabalho também aponta que não há correlação entre dor de cabeça e horas de sono, uso de óculos, prática regular de exercícios, horas semanais gastas em TV, internet e videogame, e nem com as notas escolares.

Cefaleia entre jovens

As cefaleias são os tipos de dores mais comuns entre a população.

"Um estudo realizado em 2004 pelo grupo do professor José Geraldo Speciali, na população adulta de Ribeirão Preto, apontou que 49,9% das pessoas têm cefaleias. Mas diferentes estudos em diferentes populações apresentam diferentes resultados nos índices de cefaleia," explica o pesquisador Luiz Eduardo Vieira Grassi.

O estudo realizado por Grassi apresentou resultado semelhante a estudos anteriores, feitos em Porto Alegre (RS) e São José do Rio Preto (SP).

"Registramos que 72,82% dos participantes manifestaram ter cefaleias. O índice é maior entre as meninas, 79%, contra 62,5% nos meninos," diz o médico, enfatizando que a diferença é significativa e aponta que as meninas foram 2,3 vezes mais afetadas que os meninos.

"Descrições na literatura apontam que a relação de prevalência entre meninas e meninos até os 7 anos é menor que 1 e passa para 1 entre os 7 e 11 anos e para 2,3 depois da puberdade. Isso se deve a influência hormonal. Os jovens participantes da minha pesquisa estavam nesse período de mudanças hormonais", explica.

Origens da cefaleia

"A associação entre cefaleias e o uso de aparelhos ortodônticos foi significativa nesse estudo", diz Grassi.

Dos jovens pesquisados, 21,6% usavam o aparelho e 13,59% relataram cefaleia.

Após analisar os dados Grassi concluiu que o início do tratamento com aparelhos poderia aumentar a incidência das dores locais pré-existentes ao tratamento e isso ter sido interpretado como cefaleia pelos participantes do estudo.

Dos estudantes que declararam fazer uso de bebida alcoólica (21,8%), 83,3%, relataram dor de cabeça.

"Há um risco estimado duas vezes maior para a presença de cefaleia dentre os que ingerem bebidas alcoólicas comparados com aqueles que não o fazem", diz o pesquisador.

E acrescenta que o álcool é conhecido como deflagrador das cefaleias e, o vinho tinto um dos mais citados desencadeadores das migrâneas, outro tipo de dor de cabeça.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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