28/08/2015

Dormir de lado ajuda a limpar resíduos do cérebro

Redação do Diário da Saúde
Dormir de lado ajuda a limpar resíduos do cérebro
A via glinfática do cérebro limpa compostos químicos que se acumulam no cérebro. Seu funcionamento é mais intenso durante o sono.[Imagem: Stony Brooks University]

Lixo cerebral

Dormir de lado, em comparação com dormir de costas ou de bruços, é a forma mais eficaz para remover o "lixo cerebral", resíduos que se acumulam pelo funcionamento normal do cérebro.

Por isso, o decúbito lateral pode ser uma técnica simples, mas importante, para ajudar a reduzir as chances de desenvolver Alzheimer, Parkinson e outras doenças neurológicas.

"A análise nos mostrou de forma consistente que o transporte glinfático foi mais eficiente na posição lateral, em comparação com as posições decúbito dorsal ou ventral," disse Helene Benveniste, da Universidade Stony Brooks (EUA).

"Devido a esta conclusão, propomos que a postura corporal e a qualidade do sono devem ser consideradas quando da padronização de futuros procedimentos de diagnóstico de imagem para avaliar o transporte de CSF-ISF em seres humanos e, portanto, para a avaliação da limpeza das proteínas cerebrais prejudiciais que podem contribuir ou causar doenças cerebrais," defendeu a pesquisadora.

Rota glinfática

A equipe usou uma técnica de imageamento de ressonância magnética por contraste dinâmico para rastrear a rota glinfática do cérebro, um complexo sistema que remove resíduos e outros solutos químicos nocivos do cérebro.

Acredita-se que o acúmulo de resíduos químicos no cérebro possa contribuir para o desenvolvimento de doenças neurológicas.

"É interessante que a posição de dormir de lado já seja o mais popular entre os humanos e a maioria dos animais - mesmo os selvagens - e parece que adaptamos a posição lateral ao sono para limpar de forma mais eficiente nosso cérebro dos resíduos metabólicos que se acumulam enquanto estamos acordados," disse a professora Maiken Nedergaard, coordenadora da equipe.

Os resultados foram publicados no Journal of Neuroscience.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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