12/12/2012
Efeitos epigenéticos da dieta ajudam no envelhecimento saudável
Redação do Diário da Saúde
Os resultados apoiam a hipótese de que o envelhecimento afeta o status epigenético de alguns genes, mas que esses efeitos podem ser modulados por meio da dieta e do controle da gordura corporal.[Imagem: BBSRC]
Idade e alimentação
Mudanças moleculares em nossos genes, conhecidas como marcas epigenéticas, são motivadas principalmente pelo envelhecimento, mas também são afetadas por aquilo que comemos.
Embora a idade tenha os maiores efeitos sobre estas mudanças moleculares, o selênio e a vitamina D reduzem o acúmulo das alterações epigenéticas.
Já elevados índices de folato no sangue - ligados à vitamina B - aumentam as mudanças epigenéticas.
Estes resultados dão suporte a ideia de que o envelhecimento saudável é afetado por aquilo que comemos.
A conclusão é de pesquisadores liderados pelo Dr. Nigel Belshaw (Instituto de Pesquisas Alimentares) pelo Dr. John Mathers (Universidade de Newcastle), no Reino Unido.
Metilação do DNA
Os cientistas examinaram as células que revestem a parede do intestino de voluntários que faziam exames de colonoscopia.
Eles buscavam modificações epigenéticas específicas dos genes que têm sido associados com os primeiros sinais do aparecimento de câncer de intestino, uma doença relacionada à idade.
Estas marcas epigenéticas, conhecidas como metilação do DNA, não alteram o código genético, mas afetam se os genes são ligados ou desligados. Estas marcas de metilação são transmitidas quando as células se dividem, e algumas têm sido associadas com o desenvolvimento do câncer.
Além das marcas epigenéticas, a equipe analisou fatores como idade, sexo, tamanho do corpo e níveis de alguns nutrientes no sangue.
Vitamina D e selênio
A maior influência sobre a metilação genética foi a idade, o que se encaixa com o fato de que o maior fator de risco para o câncer de intestino seja a idade, com o risco aumentando exponencialmente a partir dos 50 anos de idade.
Os homens tendem a ter estas alterações epigenéticas com frequência maior do que as mulheres, o que é consistente com o fato de que os homens têm um risco maior de câncer de intestino.
Mas as boas notícias vieram dos efeitos da alimentação.
Voluntários com níveis mais elevados de vitamina D e de selênio apresentaram níveis mais baixos de metilação, algo que pode ser controlado por uma dieta balanceada.
Em resumo, os resultados apoiam a hipótese de que o envelhecimento afeta o status epigenético de alguns genes, mas que esses efeitos podem ser modulados por meio da dieta e do controle da gordura corporal.
Vitamina B e obesidade
Por outro lado, níveis elevados de vitamina B, ou folato, foram associados com maiores níveis das mudanças epigenéticas relacionadas com o câncer de intestino.
Como esses nutrientes são essenciais para a saúde, os cientistas pretendem agora estudar melhor essa interação.
A obesidade também é um fator de risco para o câncer de intestino. O estudo encontrou relação entre o tamanho do corpo (altura, peso e circunferência da cintura) e as alterações epigenéticas estudadas.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
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