14/07/2022

Equipamento a laser combate lesões por esforços repetitivos

Redação do Diário da Saúde
Equipamento a laser combate lesões por esforços repetitivos
Além do laser, as esferas do aparelho liberam músculos e nervos. [Imagem: IFSC/USP]

Laser para LER

Um novo equipamento portátil, desenvolvido por pesquisadores e engenheiros da USP (Universidade de São Paulo), apresentou elevada eficiência no combate às lesões causadas por esforços repetitivos.

Dentre as principais lesões causadas por esforços repetitivos, a maioria adquirida na vida profissional, contam-se a cervicalgia (dor cervical), tendinite do ombro, epicondilite lateral e medial (antebraço), túnel do carpo e nervo mediano (mãos) e os chamados "pontos de gatilho", caracterizados por pequenos nódulos que surgem nos músculos.

A pesquisadora Ana Carolina Canelada decidiu então testar o tratamento a laser, já largamente usado para combate a dores nevrálgicas, para tratar especificamente esse tipo de lesão. Mas logo ficaram claras as vantagens da massagem local, o que levou ao desenvolvimento do novo aparelho, que inclui as duas terapias (laser e massagem).

O equipamento foi testado em cinco pacientes, cada um com uma patologia diferente, mas todas resultantes de lesões causadas por esforços repetitivos - essas condições são conhecidas tecnicamente como LER/DORT, siglas para "Lesões por Esforços Repetitivos" e "Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho".

Equipamento a laser combate lesões por esforços repetitivos
O equipamento deverá chegar ao mercado ainda neste ano.
[Imagem: IFSC/USP]

Liberação miofascial

A grande vantagem é que o aparelho consegue fazer a aplicação conjugada e simultânea de laser com liberação miofascial.

"Este equipamento é composto por duas esferas e um laser, que têm ações complementares quando aplicadas nas áreas lesionadas. Os músculos são encapados por membranas, chamadas fáscias musculares, e as lesões ocorrem quando elas se grudam nos músculos, impedindo que estes executem os movimentos, provocando uma incapacidade de movimentação. A ação das esferas, que são deslizantes, provoca a liberação dessas fáscias, enquanto o laser tem uma ação analgésica e anti-inflamatória," explicou Ana Carolina.

Os testes envolveram quinze minutos de aplicação, duas vezes por semana, ao longo de dez sessões.

O resultado foi uma diminuição de cerca de 70% nos índices de dor e a recuperação dos movimentos.

Segunda a equipe, o novo equipamento poderá se tornar uma ferramenta útil para os profissionais de fisioterapia, substituindo a tradicional ação manual, demorada e cansativa, utilizada para tratar estas lesões, com um claro benefício para os pacientes e para os terapeutas.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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