11/03/2009

Escovas de dentes não são bem usadas por 58% dos brasileiros

Paula Laboissière - Agência Brasil

Mau uso e não-uso

Um levantamento realizado pelo Ministério da Saúde indica que, em 2008, 58% da população brasileira não tinha acesso adequado a escovas de dente. O número inclui pessoas que consumiram o produto de forma esporádica ou inadequada - quando o uso da mesma escova é feito por um período muito prolongado - e também brasileiros sem acesso algum.

De acordo com o coordenador nacional do programa Brasil Sorridente, Gilberto Pucca, a não-utilização de escovas de dente no país é mais comum do que se imagina. Em entrevista à Agência Brasil, ele alertou que praticamente todas as capitais brasileiras apresentam baixos índices de acesso ao produto, principalmente em zonas consideradas de exclusão social.

Pobreza espalhada

"A gente tem que acabar com essa ideia de que as pessoas não tem acesso aos bens mínimos só nas regiões distantes. O problema está na nossa esquina, nas periferias", afirmou. Pucca destacou que o quesito dificuldade financeira lidera o ranking de razões pelas quais mais da metade dos brasileiros não utiliza a escova de dentes de maneira adequada, seguido por desconhecimento.

Em 2003, o índice de acesso zero chegava a quase 65% mas o crescente número de pessoas que passaram a integrar o mercado de trabalho, segundo ele, levou à queda dos números.

Saúde bucal

Atualmente, o Ministério da Saúde possui 18 mil equipes de saúde bucal dentro do programa Saúde da Família, além de mais de 650 centros especialiazdos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). A meta do governo é, até o final de 2009, incorporar kits compostos por escova e pasta de dente em 100% das equipes de saúde bucal - 1 mil kits por equipe.

Há ainda a estratégia de distribuição de kits para alunos do ensino fundamental e médio que pertencem a escolas públicas localizadas em áreas de baixo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) - um total de quase 1.200 municípios brasileiros. A expectativa de Pucca é que, em um prazo máximo de dez anos, o país apresente um quadro de saúde bucal "bastante diferenciado" do atual.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

URL:  

A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos.
Copyright 2006-2023 www.diariodasaude.com.br. Cópia para uso pessoal. Reprodução proibida.