29/11/2011

Estimulação cerebral reverte efeitos do Mal de Alzheimer

Redação do Diário da Saúde

Estimulação elétrica

Cientistas canadenses anunciaram ter conseguido algo que até agora era considerado impossível.

Eles parecem ter revertido o desenvolvimento do Mal de Alzheimer em dois pacientes.

O feito, ainda em estágio experimental, foi obtido através de uma técnica conhecida como estimulação cerebral profunda, que usa eletrodos para aplicar pulsos de eletricidade diretamente no cérebro.

Crescimento do hipocampo

A equipe do Dr. Andres Lozano, a Universidade de Toronto, aplicou a estimulação cerebral profunda em seis pacientes.

Em dois deles, a deterioração da área do cérebro associada à memória não apenas parou de encolher, mas voltou a crescer.

No Mal de Alzheimer, a região do cérebro conhecida como hipocampo é uma das primeiras a encolher. Nela funciona o centro de memória, convertendo as memórias de curto prazo em memórias de longo prazo.

Danos ao hipocampo produzem alguns dos primeiros sintomas do Mal de Alzheimer, como a perda de memória e a desorientação.

Após 12 meses de estimulação, um dos pacientes teve um aumento de 5% e, outro, 8%.

Embora pareça pouco, esta é a primeira vez que se observa um crescimento do hipocampo em pacientes com Alzheimer, o que pode apontar novos caminhos para o tratamento da doença.

Antes, porém, os cientistas terão que descobrir exatamente como a técnica funciona.

Estimulação cerebral profunda

A estimulação cerebral profunda vem sendo usada há anos, embora, mais recentemente, técnicas menos invasivas estejam sendo desenvolvidas.

Durante o procedimento, uma seção do crânio deve ser cortada para expor o cérebro, onde são espetados minúsculos eletrodos. Esses eletrodos são ligados a uma bateria, implantada sob a pele.

O problema é que os cientistas não sabem exatamente como esse procedimento funciona.

A teoria é que o cérebro do paciente com mal de Parkinson ficaria preso em um padrão de disparos elétricos anormais, padrão esse que seria quebrado pelos disparos de energia da bateria.

Mas isto, por enquanto, é apenas uma hipótese.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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