26/08/2025

Estresse agudo e crônico têm diferentes efeitos em homens e mulheres

Redação do Diário da Saúde
Estresse agudo e estresse crônico têm diferentes efeitos em homens e mulheres
Mas não se preocupe tanto se seu problema não é crônico: Um pouco de estresse é bom para você e até melhora sua memória. Além disso, viver totalmente sem estresse não faz tão bem para o seu cérebro.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Respostas ao estresse

O estresse agudo induz comportamentos ansiosos, mas afeta mais os homens que as mulheres. Por outro lado, o estresse crônico está mais associado a sintomas depressivos.

Compreender estas diferenças poderá ajudar a desenvolver abordagens mais eficazes na prevenção e tratamento de perturbações mentais como a ansiedade e a depressão, dizem Daniela Simões e colegas da Universidade de Coimbra (Portugal).

Já se sabia que o estresse aumenta a suscetibilidade a várias perturbações neuropsiquiátricas, como a depressão e a ansiedade. Além disso, as evidências apontam para diferenças entre os sexos na prevalência e nas respostas ao estresse. Por exemplo, enquanto as mulheres representam dois terços dos doentes com perturbações relacionadas com o estresse, mais de dois terços dos suicidas são homens.

Para tentar entender melhor a questão, Daniela e seus colegas usaram cobaias machos e fêmeas para analisar os efeitos do estresse agudo e do estresse crônico.

Os resultados mostraram que o estresse agudo induz comportamentos ansiosos, principalmente nos machos, enquanto o estresse crônico está mais associado a sintomas depressivos. Além disso, foram observadas alterações em proteínas-chave da barreira hematoencefálica, com diferenças significativas entre sexos - a barreira hematoencefálica é uma forte camada de células que impede que substâncias nocivas passem do sangue para o cérebro.

A pesquisa confirmou que o estresse agudo e o chamado estresse ligeiro crônico imprevisível desencadeiam perfis comportamentais e bioquímicos distintos, mostrando a importância de diferenciar os tipos de estresse e de integrar variáveis biológicas, como o sexo, nas pesquisas em neurociência, dizem os pesquisadores.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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