Estudo destaca conexão entre saúde física e mental

Pacientes com múltiplas doenças exigem medicina integrada.[Imagem: Serena Wong/Pixabay]

Saúde mental e multimorbidade

Indivíduos com doenças mentais graves têm quase duas vezes mais probabilidade de relatar multimorbidade física, o que destaca a importância crítica de se abordar a intersecção entre saúde mental e física.

Esta é a conclusão de uma extensa análise de 19 estudos diferentes, abrangendo dados de 194.123 pacientes psiquiátricos em todo o mundo, em comparação com 7.660.590 indivíduos em grupos de controle. A meta-análise foi feita por cientistas das universidades Anglia Ruskin (Rússia) e Cambridge (Inglaterra).

Multimorbidade ocorre quando uma pessoa é afetada por qualquer combinação de doença crônica com pelo menos uma outra condição de saúde física, e os pesquisadores descobriram que os pacientes psiquiátricos têm 1,84 vez mais probabilidade de relatar multimorbidade do que o grupo de controle.

As pessoas com problemas graves de saúde mental relatam uma variedade de condições adicionais, incluindo doenças metabólicas, hipertensão, epilepsia, doenças respiratórias, vasculares, renais e gastrointestinais, bem como câncer.

"A saúde mental serve de base para as nossas capacidades individuais e coletivas para tomar decisões, construir relacionamentos e moldar o mundo em que vivemos. Esta relação complexa entre doença mental grave e multimorbilidade física tem implicações de longo alcance, incluindo diminuição da adesão ao tratamento, aumento do risco de falha do tratamento, aumento dos custos do tratamento, recaída da doença, agravamento do prognóstico e redução da esperança de vida.

"A má gestão clínica das comorbidades físicas em pessoas com transtornos mentais agrava o problema, levando a um aumento da carga sobre os indivíduos, suas comunidades e sistemas de saúde. Uma abordagem holística é urgentemente necessária para melhorar os resultados físicos, mentais e sociais dos indivíduos que lidam com doença mental grave e multimorbidade física," disse o Dr. Lee Smith, coordenador da pesquisa.

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