19/03/2019

Estudos médicos excluem largamente os efeitos colaterais

Redação do Diário da Saúde
Estudos médicos excluem largamente os efeitos colaterais
Outro estudo recente mostrou que os efeitos colaterais de antibióticos levam 70.000 crianças ao hospital por ano.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Efeitos colaterais negligenciados

Os potenciais efeitos colaterais das intervenções de saúde não foram totalmente relatados em mais de um terço das revisões de estudos de saúde publicados na literatura médica.

Efeitos negativos de uma intervenção de saúde referem-se a uma reação a um medicamento ou a um efeito não esperado de um procedimento, como uma cirurgia. Os efeitos colaterais prejudiciais podem ser raros e de longo prazo e, portanto, difíceis de analisar durante testes, ensaios ou intervenções de saúde.

Os pesquisadores argumentam, no entanto, que, mesmo com as dificuldades, é essencial que os efeitos colaterais prejudiciais já conhecidos sejam incluídos nas revisões das intervenções de saúde para informar completamente a prática médica, as políticas de saúde e os pacientes.

Revisão parcial

A equipe da Universidade de York (EUA) analisou relatos de eventos adversos em 187 revisões sistemáticas publicadas entre 2017 e 2018 - revisões sistemáticas em pesquisa em saúde têm como objetivo resumir os resultados de ensaios clínicos controlados e fornecer evidências da eficácia de uma intervenção, seja um medicamento ou um procedimento.

Os dados mostraram que 35% dos revisores não relataram totalmente os efeitos colaterais da intervenção médica sob revisão.

"Apesar de os revisores afirmarem em seus próprios protocolos que os eventos adversos devem ser incluídos na revisão, 65% relataram completamente o evento conforme pretendido pelo protocolo, 8% os excluíram totalmente e os 27% restantes relataram ou alteraram parcialmente os eventos adversos resultantes.

"Mais de 60%, no entanto, nem sequer incluíram eventos adversos em seus protocolos, o que sugere que uma abordagem mais pró-ativa é necessária para levar os avaliadores a relatar potenciais efeitos colaterais prejudiciais em seus relatórios de intervenções de saúde," disse a Dra Su Golder, responsável pelo levantamento.

A pesquisa foi publicada no Journal of Clinical Epidemiology.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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