05/01/2022

Exame de imagem fotoacústica enxerga cada vez mais fundo no corpo

Redação do Diário da Saúde
Exame de imagem fotoacústica enxerga cada vez mais fundo no corpo
É a primeira vez que a técnica consegue enxergar profundamente no corpo e gerar imagens em alta resolução. [Imagem: POSTECH]

Luz mais som para gerar imagem

Uma nova técnica não-invasiva promete realizar exames profundos no corpo usando apenas luz, sem qualquer radiação.

O imageamento fotoacústico é uma técnica que permite ver o interior do corpo por meio do ultrassom gerado quando um laser é irradiado no tecido vivo - por isso ele também é conhecido como ultra-som a laser.

Embora os primeiros experimentos estivessem se mostrando promissores, ainda era difícil ver os tecidos profundos com imagens fotoacústicas.

Agora, uma equipe de pesquisa coreana propôs um novo método para gerar imagens fotoacústicas de tecidos profundos que resolve o problema da falta de resolução.

Os pesquisadores demonstraram com sucesso uma profundidade de imagem in vivo de até 5,8 cm do intestino e da bexiga de cobaias usando um agente de contraste especial, conhecido como SSS (micelas de polímero semicondutor despojado de surfactante) e um laser de 1.064 nanômetros - um agente de contraste é uma substância que ajuda a ver a imagem com mais clareza.

Essa é a maior profundidade já obtida entre todos os estudos pré-clínicos de imagem fotoacústica no mundo.

Imagem fotoacústica

A geração de imagens fotoacústicas - foto (luz) + acústica (som) - usa o princípio de geração de imagens de um sinal de onda sonora gerado por uma expansão térmica instantânea dos tecidos conforme eles absorvem o calor da luz.

Os métodos de imagem óptica - que usam apenas luz - só conseguem visualizar uma profundidade de menos de 1 milímetro do tecido, mas a imagem fotoacústica pode ver através de vários centímetros de tecido humano.

Ao contrário dos exames de tomografia computadorizada, que usam radiação, a imagem fotoacústica pode ajudar a diagnosticar doenças em tecidos profundos sem o risco de exposição à radiação ionizante. Além disso, o laser de comprimento de onda de 1.064 nm é relativamente barato e compatível com equipamentos ultrassônicos disponíveis comercialmente.

"Este estudo tem grande valor tecnológico na medida em que conseguiu obter imagens das partes mais profundas do corpo com profundidade máxima de 5,8cm," explicou o professor Chulhong Kim. "Este tipo de estudo pré-clínico é obrigatório para os ensaios clínicos em humanos e ajudará a acelerar a aplicação de imagens fotoacústicas no futuro."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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