04/02/2021

Ter um filho autista deixa marcas na mãe por até cinco anos

Redação do Diário da Saúde

Sinais do autismo nas mães

Há poucos dias, médicos anunciaram a descoberta de que a chance de ter filhos com autismo aparece no esperma do pai antes da concepção.

Agora, outra equipe descobriu que ter um filho autista deixa sinais no sangue da mãe.

A análise das amostras de sangue mostrou que, de dois a cinco anos após o parto, as mães de crianças com transtorno do espectro do autismo apresentam níveis de vários metabólitos significativamente diferentes em comparação com mães de crianças com desenvolvimento típico.

Metabólitos

Os pesquisadores analisaram amostras de sangue de 30 mães cujos filhos foram diagnosticados com autismo e 29 mães de crianças com desenvolvimento típico. No momento da coleta das amostras nas mães os filhos tinham entre 2 e 5 anos.

A equipe encontrou diferenças em vários metabólitos entre os dois grupos de mães. Os pesquisadores conseguiram agrupar essas diferenças em cinco subgrupos de metabólitos correlacionados.

Embora as amostras analisadas tenham sido coletadas vários anos após a gravidez, os resultados levantam a questão de se as diferenças nos metabólitos também podem estar presentes durante a gravidez, sugerindo que pesquisas adicionais são necessárias nesta área.

Carnitina

Muitas das variações nos metabólitos, disseram os pesquisadores, estão associadas a baixos níveis de folato, vitamina B12 e moléculas conjugadas com carnitina.

A carnitina pode ser produzida pelo corpo e pode vir de fontes como carne de porco ou boi, mas não houve uma correlação entre mães que comiam mais carne e mães que tinham níveis mais altos de carnitina. Isto sugere que as diferenças podem estar relacionadas à forma como a carnitina é metabolizada no corpo de algumas mães.

"Tínhamos vários metabólitos associados ao metabolismo da carnitina. Isso sugere que a carnitina [em mulheres que deram à luz] é algo que deve ser examinado," disse o Dr. Juergen Hahn, do Instituto Rensselaer, que fez a pesquisa com colegas da Universidade do Estado do Arizona e da Clínica (EUA).

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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