20/12/2018

Fiocruz fará novas solturas de Aedes aegypti infectado com bactéria

Redação do Diário da Saúde
Fiocruz fará novas solturas de Aedes aegypti infectado com bactéria
A infecção com uma bactéria é vista como uma alternativa menos arriscada do que os pernilongos transgênicos.[Imagem: MCT]

Aedes aegypti com Wolbachia

Na segunda semana de janeiro de 2019, as comunidades que compõem o Complexo da Maré, na zona Norte do Rio de Janeiro, serão as primeiras a receber solturas de pernilongos Aedes aegypti infectados em laboratório com a bactéria Wolbachia.

Os insetos foram inoculados com a bactéria na expectativa que eles infectem outros pernilongos, que ficarão estéreis, o que acarretará, aos poucos, a redução da população dos vetores da dengue, zika e chikungunya.

Segundo o instituto, a Wolbachia vive apenas dentro de células, o que impõe limitações significativas na sua capacidade de dispersão, uma vez que ela só pode ser transmitida verticalmente, de mãe para filho, por meio do ovo da fêmea de mosquito.

O esforço é parte do Programa Mundial Mosquito (World Mosquito Program - WMP). O WMP é uma iniciativa global de combate às doenças transmitidas por mosquitos que, no Brasil, é conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Soltura e monitoramento

Nos últimos meses, uma série de ações educativas e de comunicação foi realizada na Maré, com o objetivo de informar a população sobre o Método Wolbachia. Esta etapa teve o apoio e a participação de parceiros do WMP no território, como lideranças comunitárias e associações de moradores, unidades de saúde, escolas e organizações não-governamentais, como a Redes da Maré. No dia 8 de dezembro, o WMP realizou, junto a parceiros, uma manhã de divulgação científica no Galpão Bela Maré.

A liberação será feita por Agentes de Vigilância em Saúde (AVS) durante 16 semanas.

Durante a etapa de liberações, deverá ser notada pela população um aumento na quantidade de pernilongos. A expectativa é que a quantidade volte nas semanas seguintes ao patamar anterior e, em alguns casos, pode até diminuir.

Após algumas semanas de liberação, armadilhas usadas para capturar mosquitos serão instaladas em residências e estabelecimentos disponibilizados por voluntários. O objetivo é monitorar o estabelecimento da população de Aedes aegypti com Wolbachia.

A previsão é que, até o final do mês de janeiro, outros três bairros da zona Norte comecem a receber os mosquitos aliados: Jardim América, Parada de Lucas e Vigário Geral.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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