16/11/2020

Imitação de pele humana evitará uso de cobaias em cosméticos

Redação do Diário da Saúde
Imitação de pele humana evitará uso de cobaias em cosméticos
A pele artificial permitirá testar produtos levando em conta a elasticidade da pele. [Imagem: Shun Kimura et al. - 10.1038/s42003-020-01365-7]

Pele sintética

Pesquisadores japoneses desenvolveram um equivalente sintético da pele humana que reproduz o equilíbrio da força de tração na direção lateral, uma propriedade que controla a estrutura e a função fisiológica da pele.

Essa pele artificial permitirá análises mais profundas das funções fisiológicas da pele humana, fornecerá soluções para problemas de pele causados por doenças ou envelhecimento e reduzirá a necessidade de testes em animais de medicamentos e produtos cosméticos.

A pele fornece uma barreira e amortecimento físico que protegem o corpo do ambiente externo. Além de responder a estímulos físicos externos, como pressão e tensão, a pele está constantemente em um estado de "homeostase tensional", no qual as células próximas à camada externa mantêm uma tensão estável e constante por meio das fibras de colágeno.

Embora modelos de pele sintética já tenham sido desenvolvidos como alternativas ao teste em animais para o desenvolvimento de produtos de cuidados da pele seguros e funcionais, é difícil estudar a distribuição da tensão no corpo devido à sua complexidade.

Este novo equivalente da pele humana não apenas reproduz o equilíbrio da tensão da pele natural, como também imita o papel da homeostase tensional no controle da estrutura e função da pele.

Com o mercado de produtos de saúde e beleza crescendo a taxas sustentadas há décadas, as demandas sociais para reduzir o uso de animais, especialmente para produtos para a pele e medicamentos, estão aumentando.

"Os equivalentes de pele humana têm papéis cruciais para a pesquisa baseada em evidências científicas de produtos para a pele e pesquisas de doenças que podem nos ajudar a reduzir a pesquisa em animais," disse o professor Takashi Tsuji, do Instituto RIKEN. "Nosso estudo abrirá um novo campo de substituição de experimentos com animais com base em evidências científicas nas áreas de saúde e descoberta de medicamentos. Acreditamos que nosso modelo de equivalente de pele humana contribuirá muito para o desenvolvimento tecnológico de cuidados com a pele de próxima geração e melhorará a qualidade de vida."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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