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10/11/2025 Impressora de engolir usa biotinta para reparar feridas internasRedação do Diário da Saúde![]()
O comprimido é movido por um braço robótico externo. [Imagem: Sanjay Manoharan et al. - 10.1002/advs.202512411]
Comprimido que escreve Pesquisadores suíços criaram uma cápsula magnética, do tamanho de um comprimido, que pode ser ingerida e guiada para imprimir tecidos vivos diretamente em úlceras e feridas no trato gastrointestinal. É uma tecnologia inédita, sem precedentes, que permitirá executar "reparos corporais" internos, e fazer isto de modo minimamente invasivo, sem cirurgia. Batizado de MEDS, sigla em inglês para "Sistema de Deposição Endoluminal Magnético", o comprimido-impressora é a primeira bioimpressora ingerível do mundo. Ela funciona como uma caneta tinteiro em miniatura, depositando uma biotinta viva, formada por células, sobre feridas internas, promovendo a cicatrização, tudo sem a necessidade de uma cirurgia. Lesões no estômago e intestinos, como úlceras e hemorragias, hoje só podem ser tratadas com cirurgia, um procedimento invasivo que nem sempre resulta em uma reparação permanente. Embora a bioimpressão - que usa polímeros naturais para criar um suporte para novas células - seja uma alternativa promissora, as impressoras tradicionais são volumosas e exigem anestesia. Enquanto isso, cápsulas inteligentes ingeríveis já existem, mas são projetadas para navegar por líquidos e não funcionam quando precisam tocar diretamente o tecido para realizar uma tarefa, como imprimir. ![]() Os pesquisadores planejam adaptar a tecnologia para atuar em vasos sanguíneos e na parede abdominal, ampliando significativamente seu potencial. [Imagem: Sanjay Manoharan et al. - 10.1002/advs.202512411] Impressão interna Sanjay Manoharan e Vivek Subramanian, da Escola Politécnica Federal de Lausanne (Suíça) superaram todos os obstáculos das tecnologias atuais fundindo os dois conceitos, a bioimpressão e os comprimidos inteligentes, também conhecidos como pílulas eletrônicas. O MEDS é uma cápsula pequena, contendo um depósito de biotinta e um mecanismo de mola. Sem a necessidade de eletrônicos internos, a liberação da tinta é ativada por um laser de infravermelho aplicado externamente. Uma vez ativado, um braço robótico com um ímã guia a cápsula com precisão sobre o local da lesão, como um joystick, para depositar a tinta sobre a lesão. Em testes de laboratório, a caneta-impressora foi usada com sucesso para reparar úlceras artificiais de vários tamanhos e também para estancar uma hemorragia simulada. Experimentos em animais confirmaram que a cápsula pode ser guiada dentro do trato gástrico e recuperada oralmente após o uso. O próximo passo consistirá em testar a tecnologia em animais vivos maiores, rumo aos testes em humanos. Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |
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