26/03/2021

Inteligência Artificial desenha rostos que você vai achar bonitos

Redação do Diário da Saúde
Inteligência Artificial desenha rostos que você vai achar bonitos
Um programa de computador criou imagens faciais que tornam os rostos adequados às preferências individuais de beleza.[Imagem: Cognitive Computing Research Group]

Beleza gerada por computador

Pesquisadores das universidades de Helsinque (Finlândia) e Copenhague (Dinamarca) conseguiram fazer um programa de inteligência artificial entender nossas noções subjetivas sobre o que torna o rosto de uma pessoa atraente.

Primeiro, eles fizeram exames de eletroencefalografia continuamente em voluntários conforme eles olhavam para rostos em uma tela e os classificavam como atraentes ou não tão atraentes.

Esses dados de eletroencefalografia foram então analisados com técnicas de aprendizado de máquina, conectando os dados individuais por meio de uma interface cérebro-computador a uma rede neural generativa.

O programa foi então utilizado para criar novos retratos de pessoas virtuais por conta própria, adaptando cada imagem para que ela se tornasse atraentes para os voluntários.

Mais especificamente, o programa gerava rostos considerados bonitos para cada pessoa com base no que essa mesma pessoa havia indicado anteriormente como sendo um rosto bonito.

Benefícios para a sociedade?

Esses resultados podem ser utilizados, por exemplo, na modelagem de preferências e em tomadas de decisão, bem como na identificação de atitudes inconscientes, dizem os pesquisadores.

"Em nossos estudos anteriores, projetamos modelos que podiam identificar e controlar características simples de fotos, como cor do cabelo e emoção. No entanto, as pessoas concordam amplamente sobre quem é loiro e quem sorri. A atratividade é um assunto de estudo mais desafiador, uma vez que é associado a fatores culturais e psicológicos que provavelmente desempenham papéis inconscientes em nossas preferências individuais.

"Na verdade, muitas vezes achamos muito difícil explicar o que exatamente torna algo ou alguém bonito: A beleza está nos olhos de quem vê," comentou o professor Michiel Spape, coordenador da pesquisa.

Segundo a equipe, este estudo pode beneficiar a sociedade ao aumentar a capacidade dos computadores de aprender e compreender cada vez mais as preferências subjetivas, por meio da interação entre as soluções de inteligência artificial e as interfaces cérebro-computador.

"Se isso for possível em algo que é tão pessoal e subjetivo quanto a atratividade, também podemos olhar para outras funções cognitivas, como percepção e tomada de decisão. Potencialmente, podemos direcionar o dispositivo para identificar estereótipos ou preconceitos implícitos e melhor compreender as diferenças individuais," disse Spape.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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