09/01/2020

Inteligência artificial identifica vídeos lendo a mente de quem os assistiu

Com informações da New Scientist
Inteligência artificial recria vídeos que pessoas assistem lendo suas mentes
A comunicação direta mente a mente pode estar mais próxima do que a leitura da mente por programas ou máquinas[Imagem: Eleanor Ward et al. - 10.1016/j.cub.2019.01.046]

Ler a mente

A inteligência artificial pode estar ficando melhor na "leitura da mente" - mais especificamente, na interpretação dos sinais neurais.

Um programa desse tipo conseguiu adivinhar quais vídeos os voluntários estavam assistindo analisando apenas as suas ondas cerebrais.

Grigory Rashkov e seus colegas da empresa russa de pesquisa Neurobotics treinaram um programa de inteligência artificial usando videoclipes de diferentes objetos e gravações de ondas cerebrais das pessoas que os assistiam.

As gravações foram feitas com um capacete de eletroencefalograma (EEG), e os videoclipes incluíam cenas da natureza, pessoas em jet skis e expressões humanas.

O programa então tentou categorizar e recriar os vídeos somente a partir dos dados do EEG.

Em 210 de 234 tentativas, a inteligência artificial categorizou corretamente cada vídeo, fornecendo descrições como cachoeiras, esportes radicais ou rostos humanos.

Longe de ler os pensamentos

Visualmente, a inteligência artificial mostrou alcançar maior sucesso em recriar os temas básicos de cada imagem, como formas grandes e cores. Detalhes mais sutis, como os encontrados em rostos humanos, mostraram-se mais difíceis de serem recriados, com a maioria aparecendo distorcida e irreconhecível.

Os programas de inteligência artificial comumente classificados como programas de "leitura da mente" conseguem focar por enquanto apenas a superfície do que chamamos de pensamento humano.

"O que estamos vendo atualmente é uma caricatura da experiência humana, mas nada remotamente que se assemelhe a uma recriação precisa," comentou o professor Victor Sharmas, da Universidade do Arizona, especialista no assunto, mas não envolvido nesta pesquisa mais recente.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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