16/10/2014 Iogurte protege contra metais tóxicos na gravidezRedação do Diário da Saúde
As "bactérias do bem" mantêm o sistema imunológico pronto para combater infecções.[Imagem: Jeffrey Weiser]
Metais pesados Um iogurte probiótico reduziu a absorção de metais pesados e toxinas ambientais em até 78% em mulheres grávidas. Esta é a primeira prova clínica de que um alimento probiótico pode ser utilizado para reduzir os riscos à saúde associados com metais pesados. Toxinas ambientais - como o mercúrio e o arsênio - podem ser encontrados na água e nos alimentos, especialmente em peixes, com níveis particularmente elevados em áreas onde a mineração e a agricultura são predominantes. Mesmo em níveis baixos, a exposição crônica a metais pesados tem sido associada a certos tipos de câncer e retardo no desenvolvimento neurológico e cognitivo em crianças. Bactérias do bem Algumas pesquisas iniciais deram indícios de que bactérias que ocorrem naturalmente no corpo podem influenciar os níveis de metais tóxicos absorvidos. Por isso o Dr. Gregor Reid e seus colegas do Instituto de Pesquisa de Saúde Lawson (Canadá), quiseram testar o iogurte probiótico em regiões de mineração, onde os níveis de metais pesados eram elevados. Eles fizeram isto no Canadá e na Tanzânia. Segundo o Dr. Reid, 15% das mulheres em idade reprodutiva no Canadá - um país com grande histórico de exploração mineral, como algumas regiões do Brasil - possuem níveis de mercúrio que apresentam um alto risco de alterações neurológicas do desenvolvimento em seus filhos. Probiótico contra metais pesados Para tentar minimizar o problema, o pesquisador utilizou o Lactobacillus rhamnosus GR-1, uma cepa probiótica que já é utilizada com segurança e eficácia em iogurtes, com benefícios imunológicos atestados. Depois de consumir o iogurte suplementado com probióticos, as crianças mostraram resultados positivos, embora estatisticamente não conclusivos. As mulheres grávidas, contudo, apresentaram resultados marcantes: o iogurte probiótico protegeu-as da absorção de mercúrio em até 36%, e do arsênio em até 78%. "Os resultados são entusiasmantes por muitas razões," disse o Dr. Reid. "Primeiro, eles mostram que um alimento fermentado simples, facilmente feito por comunidades carentes de recursos, pode proporcionar benefícios, além de nutrição e imunidade. Segundo, os resultados são relevantes para muitas partes do mundo, incluindo o Canadá, onde a exposição a estas toxinas ocorre diariamente. Finalmente, confirmam a necessidade de dar mais atenção a estas toxinas, especialmente em crianças e mulheres grávidas." Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br URL: A informação disponível neste site é estritamente jornalística, não substituindo o parecer médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde e aos seus tratamentos e medicamentos. |