19/12/2014
Lábio Leporino apresenta desafios diferenciados
Com informações do Ministério da Saúde
Atualmente, graças ao aperfeiçoamento do ultrassom, o lábio leporino pode ser diagnosticado antes mesmo do parto. [Imagem: Ministério da Saúde/Chaikom]
Fissura labiopalatal
Uma em cada 650 crianças nasce com fissura lábio-palatina no Brasil, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). As causas são desconhecidas, podendo envolver fatores genéticos e ambientais, que podem atuar isolados ou em associação.
A fissura labiopalatal ou lábio leporino é resultado do desenvolvimento incompleto do lábio e ou do céu da boca enquanto o bebê ainda está na barriga da mãe.
Nas fissuras mais comuns, o lado esquerdo e o direito do lábio não se juntam, ficando uma linha vertical aberta. Em casos mais raros, pode haver duas fissuras no palato, uma do lado direito e outra do lado esquerdo.
Entre os vários fatores que têm sido implicados no aparecimento da condição estão o uso de álcool ou cigarros, a realização de raios X na região abdominal, a ingestão de medicamentos como anticonvulsivantes ou corticoides durante o primeiro trimestre gestacional, deficiências nutricionais e infecções.
No caso da hereditariedade, ela é documentada como um aumento no risco quando um dos pais é fissurado. Na população normal, a probabilidade de ter um filho fissurado é de 0,1%. Se um filho do casal já nasceu com a condição, o risco de que o próximo filho também seja fissurado sobe para 4,5%. Se um dos pais for fissurado e também um dos filhos, a probabilidade sobe para 15%.
Tratamento
Atualmente, graças ao aperfeiçoamento do ultrassom, o lábio leporino pode ser diagnosticado antes mesmo do parto. Isto permite que, logo após o nascimento, a cirurgia corretiva seja realizada. Hoje já existem técnicas que permitem a realização da cirurgia precoce, com até 1 semana de vida.
O lábio pode ser reparado nos primeiros meses de vida, normalmente aos três meses de idade. O reparo no céu da boca leva mais tempo e começa após o primeiro ano de vida.
Em casos de problemas na fala, se a fissura atingir somente o lábio é improvável que haja problemas na comunicação. Entretanto, se chegar até o céu da boca, além das cirurgias corretivas, haverá necessidade de tratamento fonoaudiológico.
De forma geral, o tratamento envolve esforços conjuntos de vários especialistas, como pediatra, cirurgião plástico, ortodentista, otorrinolaringologista, fonoaudiólogo, psicólogo e outros, conforme necessidades de cada caso.
A má-formação dos lábios não atrapalha a capacidade mental da criança, pois não há nenhuma relação entre a fissura e seu desenvolvimento.
Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br
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