16/08/2012

Uma injeção libera medicamento no corpo por até 6 meses

Redação do Diário da Saúde
Uma injeção libera medicamento no corpo por até 6 meses
A taxa de liberação do medicamento no corpo é controlada de acordo com a proporção dos diversos componentes usados na fabricação do material a ser injetado.[Imagem: University of Cambridge]

Uma por todas

Já pensou em tomar uma única injeção que libere o medicamento paulatinamente no seu corpo, durante todo o período previsto do tratamento?

É isto o que faz uma nova tecnologia desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

A chamada liberação sustentada de medicamentos libera as doses corretas por um período de até seis meses, partindo de uma única injeção.

Segundo os pesquisadores, essa nova tecnologia é ideal para condições que exijam injeções frequentes, como no caso do diabetes, de alguns cânceres e, potencialmente, do HIV/AIDS.

Hidrogel

A tecnologia usa um hidrogel - também chamado aquagel, um material sintético similar ao plástico, mas disperso em água - que pode ser carregado com proteínas ou outros terapêuticos.

Os hidrogéis contêm até 99,7% do seu peso em água, o restante constituído primariamente de polímeros celulósicos. Tudo é mantido coeso com cucurbiturilas, moléculas em formato de barril que funcionam como uma espécie de algema para os outros componentes.

"Os hidrogéis protegem as proteínas, de forma que elas permanecem bioativas por longos períodos, conservando seu estado nativo," explica o Dr. Oren Scherman.

"O que é mais importante, todos os componentes podem ser incorporados a temperatura ambiente, o que é essencial quando lidamos com proteínas que perdem as qualidades naturais quando expostas ao calor elevado," completou o líder da pesquisa.

Liberação continuada de medicamento

A taxa de liberação do medicamento no corpo é controlada de acordo com a proporção dos diversos componentes usados na fabricação do material a ser injetado.

Como essa liberação pode se estender por seis meses, isso significa que um paciente que hoje precisa tomar injeções todos os dias, poderá tomar apenas duas picadas por ano.

Segundo os pesquisadores, a tecnologia poderá ser útil também para áreas rurais ou com pouco acesso a centros de saúde, reduzindo a necessidade de deslocamentos e mantendo o tratamento no nível recomendado.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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