19/09/2019

Limpeza padronizada não consegue exterminar bactérias de hospital

Com informações da Agência Brasil

Procedimentos inócuos

Uma pesquisa feita no Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto (SP) mostrou que a limpeza regular das UTIs adulta e neonatal do hospital não são capazes de combater as bactérias presentes no local.

A limpeza das UTIs, seguindo todos os padrões regulamentares, resultou em uma ligeira diminuição na diversidade dos micróbios. No entanto, vários gêneros de bactérias foram resistentes à desinfecção, o que sugere que elas estão bem-adaptadas ao ambiente.

"Em geral, o procedimento de limpeza era inconsistente. Os fatores de influência potenciais da limpeza insatisfatória incluem baixa eficiência do biocida usado, bactérias bem adaptadas à limpeza diária, soluções desinfetantes e toalhetes contaminados e conformidade variável ao procedimento de higiene e limpeza das mãos," diz o texto da da pesquisa, publicada na revista Frontiers in Public Health.

A limpeza regular é um protocolo que guia a higienização dos leitos da UTI e da área em torno, incluindo colchão, bombas de infusão e respirador, e tem como objetivo reduzir os micróbios no ambiente e prevenir transmissões entre os pacientes.

O procedimento de limpeza seguido pela equipe do hospital é padronizado e feito de acordo com diretrizes internacionais, mas os efeitos não foram os esperados.

"A maioria dos gêneros [de bactérias] encontrados em ambas as unidades [de UTI] está presente no microbioma humano saudável, sugerindo que os vetores mais prováveis de contaminação são funcionários e pacientes do hospital." A pesquisa aponta telefones celulares, computadores e prontuários, "comumente usados, mas geralmente negligenciados", como equipamentos que estão carregando os micróbios.

"É urgente o desenvolvimento de políticas robustas de vigilância microbiana para ajudar a orientar os procedimentos, melhorando o controle de infecções," ressalta a conclusão do estudo.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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