03/05/2012

Luz intensa pode prevenir e tratar ataques cardíacos

Redação do Diário da Saúde

Luz contra o infarto

Já se sabia que flashes de luz forte podem diminuir a sonolência de estudantes e até reduzir problemas de sono.

Mas agora cientistas garantem exposições à luz intensa podem ser usadas para prevenir e tratar ataques cardíacos.

"O estudo sugere que a luz forte, ou até mesmo a luz do dia, pode diminuir o risco de ter um ataque cardíaco ou de sofrer danos causados por um," diz o Dr. Tobias Eckle, da Universidade do Colorado (EUA).

"Para os pacientes, isso pode significar que a exposição à luz do dia dentro do hospital poderia reduzir o dano causado por um ataque cardíaco," explica o médico.

Luz, proteína, ação

Mas qual é a conexão entre a luz e um infarto do miocárdio, conhecido comumente como ataque cardíaco?

De forma um tanto surpreendente, a resposta está no ritmo circadiano, o relógio biológico associado com as respostas do organismo à luz e à escuridão.

O relógio circadiano é regulado por proteínas no cérebro.

Mas essas proteínas estão presentes também em outros órgãos, incluindo o coração.

Eckle e seu colega anestesista Holger Eltzschig constataram que uma dessas proteínas, chamada Período 2, desempenha um papel crucial em evitar danos de um ataque cardíaco.

Despertador de luz

Durante um ataque cardíaco, o coração sofre uma falta repentina de oxigênio.

Sem oxigênio, o coração tem de mudar do seu combustível habitual - a gordura - para a glicose. Sem essa mudança no metabolismo do coração, as células morrem e o coração é danificado irremediavelmente.

É aqui que o ritmo circadiano entra no circuito.

O estudo mostrou que a proteína Período 2 é vital para a mudança no combustível da gordura para a glicose e, portanto, pode tornar o metabolismo do coração mais eficiente.

Os experimentos realizados em animais mostraram que a luz do dia ativa a Período 2 e minimiza os danos dos ataques cardíacos induzidos nessas cobaias .

Os cientistas agora planejam passar os estudos para os humanos, a fim de detectar os melhores momentos, a intensidade e a duração da exposição à luz para definir terapias mais precisas para prevenção e tratamento dos ataques cardíacos.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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