09/02/2010

Mãe mais velha tem maior risco de ter filho autista

BBC
Mãe mais velha tem maior risco de ter filho autista
Determinar a relação entre o aumento da idade dos pais e o aumento do risco de diagnóstico de autismo nos filhos é essencial para entender as causas biológicas da doença.[Imagem: BBC]

Risco de autismo

O risco de uma mulher de quarenta anos de ter um filho autista é 50% maior do que aquele registrado no caso de uma mulher entre 25 e 29 anos de idade, segundo uma recém-publicada pesquisa da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.

Após analisar todos os nascimentos no estado durante a década de 90, o estudo determinou uma relação entre o aumento da idade da mãe e o risco de o bebê desenvolver autismo. Para cada cinco anos de aumento na idade da mãe, o risco de diagnóstico de autismo na criança sobe em 18%.

Idades dos pais

O estudo será publicado na edição de fevereiro da revista Autism Research e busca quantificar como a idade do pai e da mãe - separadamente e de maneira conjunta - afeta as chances de uma criança desenvolver ou não autismo.

Segundo seus autores, a pesquisa desafia uma atual corrente teórica que identifica a idade do pai como um fator chave para o aumento do risco.

"O estudo mostra que enquanto a idade da mãe aumenta consistentemente o risco de autismo, a idade do pai só contribui para o aumento do risco quando o pai é mais velho e a mãe tem menos de 30 anos. Entre mães com mais de 30 anos, a idade do pai não parece influenciar o aumento do risco de autismo", afirmou Janie Shelton, principal autora do estudo.

Causas do autismo

De acordo com os pesquisadores, determinar a relação entre o aumento da idade dos pais e o aumento do risco de diagnóstico de autismo nos filhos é essencial para entender as causas biológicas da doença.

"Nós ainda precisamos entender o que faz com que pais mais velhos coloquem seus filhos mais expostos ao autismo e a outros cenários adversos para que então possamos começar a desenhar intervenções", disse Irva Hertz-Picciotto, autora sênior do estudo.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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