10/03/2020

Manifestações políticas não-violentas são mais bem-sucedidas

Redação do Diário da Saúde
Manifestações políticas não-violentas são mais bem-sucedidas
Quer mudar o mundo? Então não apele para a violência - a meditação em grupo também pode ser uma solução.[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]

Manifestações pacíficas são mais efetivas

Pesquisadores da Universidade de Harvard (EUA) lançaram um mapa interativo que cataloga todos os levantes populares em todo o mundo entre 1945 e 2014.

Os dados, coletados pelos pesquisadores Erica Chenoweth e Christopher Shay, mostram de maneira definitiva que as campanhas não-violentas são mais bem-sucedidas em atingir seus objetivos políticos do que as violentas.

Os resultados contestam a suposição de longa data entre os cientistas sociais de que apenas insurgências violentas podem provocar uma transformação política em larga escala.

O projeto é o primeiro a coletar dados sistemáticos sobre insurgências violentas e campanhas de resistência civil não-violentas. A cobertura é global, mas inclui apenas campanhas maximalistas, ou seja, movimentos que buscam derrubar um governo em exercício, expulsar uma ocupação militar estrangeira ou reivindicar independência territorial.

Resistência civil

O projeto de dados abrange centenas dessas campanhas, e a transformação dos dados em ferramenta interativa permite que os usuários estudem muitos fatores, incluindo:

  • Tendências no início e resultados das mobilizações em massa ao longo do tempo e entre regiões;
  • padrões de participação em movimentos de massa;
  • retaliação contra os movimentos de massa;
  • sucesso ou fracasso da campanha.

Os autores também agregaram dados de 1900 a 2006 e concluíram que, de maneira geral, a resistência civil não-violenta foi mais bem-sucedida em alcançar resultados-alvo do que as campanhas que usaram violência.

O conjunto de dados mais recente apresentado na ferramenta interativa confirma essa tendência e a estende até a década passada.

A ferramenta pode ser acessada no endereço https://navcomap.wcfia.harvard.edu/navco-map.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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