11/07/2011

Mercúrio liberado por lâmpadas fluorescentes compactas pode exceder níveis seguros

Redação do Diário da Saúde
Mercúrio liberado por lâmpadas fluorescentes compactas pode exceder níveis seguros
Embora gastem menos energia, as lâmpadas fluorescentes compactas possuem mercúrio em seu interior, sem contar os metais pesados presentes nos seus circuitos eletrônicos. [Imagem: Wikimedia/Janezdrilc]

Verde perigoso

As lâmpadas fluorescentes compactas são largamente associadas com um comportamento mais verde e mais ecologicamente correto.

A sua grande vantagem é que elas gastam menos energia.

A sua grande desvantagem dessas lâmpadas - também conhecidas como lâmpadas PL - é que cada uma delas tem mercúrio em seu interior, um metal pesado com pesadíssimos efeitos sobre a saúde humana.

Apesar da quantidade de mercúrio em cada lâmpada individual não ser grande, o risco pode ser maior do que considerado até agora.

Liberação contínua de mercúrio

O problema é que, uma vez quebrada, uma lâmpada fluorescente compacta libera vapor de mercúrio continuamente no ar - durante semanas e até meses.

E o valor total dessa emissão pode exceder os níveis seguros de exposição humana em lugares com pouca ventilação.

A conclusão é de dois pesquisadores da Universidade de Jackson, nos Estados Unidos.

Quando um lâmpada PL se quebra

A quantidade de mercúrio (Hg) que vaza de uma única lâmpada PL quebrada é menor do que o nível permitido pela legislação. Por isso, essas lâmpadas não são consideradas resíduos perigosos quando descartadas.

No entanto, Yadong Li e seu colega Li Jin descobriram que a quantidade total de vapor de mercúrio liberado de uma lâmpada compacta quebrada ao longo do tempo pode ser superior ao valor considerado seguro para a exposição humana.

Como as pessoas podem facilmente inalar o mercúrio em vapor, os autores sugerem a remoção rápida das lâmpadas fluorescentes compactas quebradas e a ventilação adequada do ambiente onde o acidente se deu.

Eles defendem ainda o uso de embalagens adequadas para as lâmpadas queimadas para minimizar o risco de quebra das lâmpadas fluorescentes compactas e para reter vapor de mercúrio se elas se romperem, limitando a exposição humana ao metal pesado.

Quantidade de mercúrio nas lâmpadas PL

Testes com oito diferentes marcas de lâmpadas fluorescentes compactas, de quatro potências diferentes, revelaram que o conteúdo de mercúrio varia significativamente de marca para marca e, dentro de cada marca, com a potência da lâmpada.

"Este trabalho contém uma análise holística impressionante dos riscos potenciais associados com a liberação de mercúrio das lâmpadas fluorescentes compactas quebradas e aponta para potenciais ameaças à saúde humana, que nem sempre têm sido consideradas," afirmou Domenico Grasso, da Universidade de Vermont, que não esteve envolvido com a pesquisa.

"O conteúdo de mercúrio nas lâmpadas fluorescentes compactas varia significativamente entre os fabricantes. Para as lâmpadas fluorescentes espirais mais populares, de 13 W, a quantidade total de mercúrio varia de 0,17 a 3,6 mg por lâmpada," escrevem os cientistas.

Cuidados

Eles argumentam que os testes usados pelas autoridades de saúde não conseguem captar todo o risco potencial das lâmpadas compactas porque elas "liberam vapor de mercúrio continuamente quando se quebram.

A emissão pode durar semanas e até meses, e a quantidade total de mercúrio que pode ser liberado em vapor a partir das lâmpadas fluorescentes compactas mais novas muitas vezes pode exceder 1.0 mg," afirmam.

"Como o vapor de mercúrio pode ser facilmente inalado pelas pessoas, a remoção rápida das lâmpadas fluorescentes compactas quebradas e a ventilação suficiente dos locais com ar fresco são fundamentais para proteger as pessoas de danos em potencial," concluem.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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