06/05/2014

Metal líquido tipo Exterminador do Futuro reconecta nervos

Com informações da New Scientist
Metal líquido tipo Exterminador do Futuro reconecta nervos
A recuperação dos nervos com o metal líquido superou a recuperação observada com as técnicas atuais. [Imagem: Jie Zhang/Lei Sheng, Chao Jin/Jing Liu]

O filme Exterminador do Futuro ajudou a disseminar o conceito futurista de "metal líquido".

A boa notícia é que os metais líquidos já existem e já estão sendo utilizados em várias aplicações.

Notícia melhor ainda é que uma equipe de cientistas chineses usou a fluidez dessas ligas metálicas para restabelecer conexões nervosas como as que são interrompidas em acidentes, deixando as pessoas paralíticas.

Experimentos com animais de laboratório mostraram que uma liga de metal líquido semelhante à do robô de Exterminador do Futuro ajuda os nervos danificados a se reconectar.

A liga permanece no local até que o nervo fique curado, sendo então sugada de volta com uma seringa.

Restabelecimento nervoso

Nervos cortados podem se reconectar se tratados rapidamente, mas a uma taxa de apenas 1 milímetro por dia.

Além disso, os métodos atuais para enxertia de nervos têm deficiências graves. Por exemplo, a maioria dos suportes para os enxertos devem ser removidos, exigindo novas cirurgias. Ainda mais preocupante, se os nervos não passarem sinais para os músculos durante o processo de cura, os músculos podem atrofiar a ponto de nunca mais se recuperarem totalmente.

Jing Liu e seus colegas da Universidade de Tsinghua mostraram que o metal líquido serve como suporte, passa os sinais elétricos para os músculos enquanto o nervo se recupera, e pode ser retirado de maneira simples depois que os nervos se refazem, dispensando cirurgias.

Metal líquido

O metal líquido usado é uma liga dos elementos gálio, índio e selênio.

A liga é líquida a temperatura ambiente, permitindo que ela seja removida com uma seringa depois que tiver cumprido seu papel.

Liu afirma que este estudo é apenas um ponto de partida, e ele pretende fazer mais testes em animais em breve.

"É claro que, antes do uso clínico, serão necessárias avaliações rigorosas sobre a segurança do material," disse ele. "Este é um teste absolutamente novo, ainda em sua fase inicial."

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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