18/11/2019

Metástases do câncer de mama são destruídas usando ondas sonoras

Redação do Diário da Saúde
Metástases do câncer de mama são destruídas usando ondas sonoras
Quando as ondas sonoras são aplicadas, as vesículas se rompem e liberam um medicamento anticâncer no linfonodo afetado pela metástase.[Imagem: Tohoku University]

Ondas sonoras contra o câncer

Medicamentos podem ser enviados com segurança diretamente nos gânglios linfáticos cancerígenos usando o próprio sistema linfático. Uma vez estando lá, as drogas são liberadas usando ondas sonoras.

Pesquisadores japoneses testaram esse tratamento inovador em camundongos com câncer de mama metastático e obtiveram resultados entusiasmantes.

Nos estágios avançados, as células do câncer de mama podem soltar-se do tumor original e viajar pelo sistema linfático para estabelecer metástases nos linfonodos, que podem viajar para outras partes do corpo. O tratamento usa essa mesma estratégia para transportar os medicamentos anticâncer.

"Acreditamos que nossa técnica tem potencial para ser desenvolvida em um novo tratamento para linfonodos invadidos por células tumorais metastáticas," disse o Dr. Tetsuya Kodama, da Universidade Tohoku.

O tratamento envolve a injeção de vesículas - minúsculos "pacotes" contendo os medicamentos anticâncer - em um linfonodo pélvico. As vesículas viajam através do sistema linfático até alcançar os linfonodos na axila afetada pelas metástases do câncer de mama.

Quando o ultra-som de alta potência é aplicado à axila, as vesículas se rompem, levando à liberação direcionada do medicamento, evitando que ele se espalhe por todo o corpo e cause uma série de efeitos colaterais, além de aumentar a potência da ação.

Lipossomas acústicos

A equipe usou pela primeira vez uma técnica de imagem por ultra-som para acompanhar o movimento de "lipossomas acústicos" sem drogas, vesículas contendo bolhas de gás, através do sistema linfático dos camundongos. Isso confirmou que os lipossomos injetados no linfonodo pélvico viajavam para um linfonodo da axila, onde se estabeleceram.

Com esses resultados, eles produziram então lipossomas acústicos contendo a droga anticâncer doxorrubicina, que foram injetados no mesmo linfonodo pélvico. Ondas sonoras de alta intensidade foram aplicadas na área das axilas para romper os lipossomas e liberar a droga.

O tratamento foi eficaz, matando o tecido canceroso, o que foi confirmado usando uma técnica de bioluminescência que monitora o crescimento do câncer.

Serão necessárias investigações adicionais para determinar a taxa e o volume ideais de injeção do tratamento para evitar complicações linfáticas, e é nisso que a equipe está trabalhando agora.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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