25/08/2020

Microrrobô usa impressão de células para curar úlceras estomacais

Redação do Diário da Saúde
Microrrobô usa impressão de células para curar úlceras estomacais
A plataforma de cirurgia robótica foi testada com êxito em duas configurações diferentes.[Imagem: Zhao/Xu - 10.1088/1758-5090/aba4ff]

Robô que cura úlcera

Pesquisadores deram o primeiro passo em direção a uma nova maneira de tratar feridas gástricas - comumente conhecidas como úlceras estomacais - usando um microrrobô.

O microrrobô executa um novo conceito que a equipe chama de "bioimpressão in situ in vivo" para realizar o reparo dos tecidos dentro do corpo.

"Lesões da parede gástrica são um problema comum no trato digestivo, e cerca de 12% da população mundial sofre com isso em vários graus. A bioimpressão - entrega de novas células diretamente no local da ferida para reparar o tecido - oferece uma maneira potencialmente muito útil para tratar o problema.

"A dificuldade é que a tecnologia atual de bioimpressão foca em locais externos. Bioimpressoras são normalmente muito grandes e não podem ser aplicadas ao reparo de tecidos internos sem uma cirurgia invasiva para dar espaço suficiente para a operação de impressão. Para superar isso, desenvolvemos um microrrobô que entra no corpo através de um endoscópio para realizar a reparação de tecidos dentro do corpo," contou o professor Tao Xu, da Universidade de Tsinghua (China).

Microrrobô usa impressão de células para curar úlceras estomacais
Esquema do robô-cirurgião, que opera imprimindo tecidos vivos.
[Imagem: Zhao/Xu - 10.1088/1758-5090/aba4ff]

Bioimpressão

A plataforma de bioimpressão consiste em um robô composto por uma base fixa, uma plataforma móvel e três cadeias cinemáticas idênticas. Para ser o menos invasivo possível, ele pode se dobrar ao entrar no corpo do paciente e se desdobrar antes de iniciar a operação de bioimpressão.

"Testamos o sistema de duas maneiras. Primeiro, com um modelo biológico de estômago humano e um endoscópio, para simular os elementos de inserção e operação de impressão do processo. Em segundo lugar, realizamos um teste de bioimpressão em uma placa de cultura de células para testar a eficácia do dispositivo na bioimpressão de células viáveis e no reparo das feridas.

"Os dois testes mostraram resultados promissores. Uma cultura de células de 10 dias mostrou que as células impressas permaneceram com alta viabilidade e uma proliferação estável, o que indicou uma boa função biológica das células em estruturas de tecido impresso," disse o pesquisador Wenxiang Zhao, membro da equipe.

"Embora seja apenas um primeiro passo, este estudo verificou a viabilidade desse conceito para o tratamento de lesões da parede gástrica. Mais trabalho é necessário para trazê-lo à sua plena realização, incluindo a redução do tamanho da plataforma de bioimpressão e o desenvolvimento de biotintas. Nossos estudos futuros irão se concentrar nessas áreas," disse Xu.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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