18/08/2020

Mirtilos melhoram saúde muscular das mulheres

Redação do Diário da Saúde
Mirtilos melhoram saúde muscular de mulheres
Mirtilos duas vezes ao dia - mesmo desidratados - fizeram bem aos músculos das mulheres mais jovens. [Imagem: U.S. Highbush Blueberry Council]

Mirtilos para os músculos

Uma dieta enriquecida com mirtilos (blueberries) afeta as células responsáveis pelo crescimento dos músculos e pelo reparo muscular.

A conclusão veio do monitoramento, durante seis semanas, de 22 mulheres, 12 com idades entre 25 e 40 anos, e 10 com idades entre 60 e 75 anos.

Para a dieta enriquecida com mirtilo, as participantes consumiram, além de seus alimentos normais, 19 g de mirtilos desidratados pela manhã e 19 g à noite - isso dá o equivalente a 1,75 xícara de mirtilos frescos por dia. Foi pedido a todas a voluntárias que evitassem outros alimentos ricos em polifenóis e antocianinas.

A análise dos efeitos dos mirtilos foi feita por meio do soro, ou linfa, que é produzida pelo excesso de líquido que sai dos capilares sanguíneos e é liberada no espaço entre as células - a amostra era coletada 1,5 hora após o café da manhã com mirtilos. Os pesquisadores então investigaram como esse soro afetava a função das células progenitoras musculares através da proliferação e do número de células, da capacidade de controlar o estresse oxidativo e da taxa de consumo de oxigênio, ou metabolismo.

Efeitos diferentes por idade

Os resultados mostraram que a linfa enriquecida com mirtilo coletada de mulheres com idades entre 25 e 40 anos aumentou o número de células progenitoras dos músculos em cultura. Também houve uma tendência de menor porcentagem de células progenitoras musculares mortas, sugerindo resistência ao estresse oxidativo, bem como aumento do consumo de oxigênio pelas células.

Não foram observados efeitos benéficos nas células progenitoras musculares tratadas com soro das participantes com idade entre 60 e 75 anos que consumiram a mesma dieta enriquecida com mirtilo.

"Embora os resultados não possam ser generalizados para todas as populações, este estudo é um passo importante na tradução das descobertas das culturas de células e estudos com roedores em uma terapia dietética potencial para melhorar a regeneração muscular após lesões e durante o processo de envelhecimento," disse a professora Anna Thalacker-Mercer, da Universidade Cornell (EUA).

A massa muscular diminui de três a cinco por cento a cada década após os 30 anos de idade, e essa taxa aumenta após os 60 anos. Portanto, estratégias para melhorar a proliferação das células progenitoras musculares e diminuir o estresse oxidativo também podem beneficiar a regeneração muscular durante o processo de envelhecimento, concluíram os pesquisadores.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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