26/09/2023

Mito desmistificado: Pobres não veem o mundo como negativo e ricos não o veem como positivo

Redação do Diário da Saúde
Mito desmascarado: Pobres não veem o mundo como negativo e ricos não o veem como positivo
Outra pesquisa baseada nos primais mostrou que os conservadores veem o mundo como hierarquizado, e não como perigoso.[Imagem: Gerd Altmann/Pixabay]

Privilégios e visão de mundo

Poderíamos pensar que as pessoas que vivem em bairros mais violentos veem o mundo como menos seguro, ou que aquelas pessoas cuja condição socioeconômica melhorou veem o mundo como melhor, ou que os pacientes com dor crônica veem o mundo como significativamente menos prazeroso.

Mas não foi nada disso que pesquisadores encontraram quando decidiram deixar as teorias e os palpites de lado e fazer as perguntas diretamente a pessoas em cada um desses grupos.

Primeiro, eles fizeram suas previsões, e só depois partiram para campo. E o que eles constataram foi que os dados mostram que essas associações são 10 vezes menores do que eles haviam previsto.

Os dados mostraram que certos indicadores de privilégio - status socioeconômico, segurança da vizinhança, saúde e gênero - estão muito menos associados a visões de mundo negativas do que tanto os cientistas quanto os leigos esperavam.

O estudo é parte do Projeto Primal, realizado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia (EUA) - primais são crenças primordiais sobre o mundo, tais como se as pessoas veem o mundo como progredindo ou em declínio, inofensivo ou ameaçador, interessante ou chato.

O estudo, envolvendo 14.481 pessoas, concluiu que os primais positivos são maus indicadores de uma origem privilegiada e os primais negativos são maus indicadores de uma origem desfavorecida - em outras palavras, ser rico não significa que a pessoa terá boas crenças sobre o mundo e ser pobre não significa que a pessoa terá uma visão negativa do mundo.

Os autores sugerem que "aprender que as visões de mundo negativas não são um destino inevitável para as pessoas que enfrentaram dificuldades pode ser potencialmente útil para aumentar a eficácia de alguns tipos de terapia".

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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