01/06/2015

Mortes de mulheres no parto no DF surpreendem

Com informações da Agência Brasil

O número de óbitos entre mulheres em decorrência de parto no Distrito Federal continua em patamar considerado alto pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Dados da Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal) indicam que morreram 53,9 mulheres para cada grupo de 100 mil crianças nascidas vivas na capital, em um período de quatro anos - 2009 a 2013.

A OMS considera aceitável o índice de 20 mortes maternas para cada 100 mil nascidos vivos.

O levantamento mostra ainda que o índice vem diminuindo apenas timidamente ao longo desses anos, passando de 54,6 mulheres em 2009 para 53,9 em 2013.

Pobreza

As mulheres negras ainda são as maiores vítimas, representando 75% dos óbitos maternos, superando as diferenças existentes na composição racial da população do Distrito Federal.

"No DF, e no Brasil como um todo, existe uma correlação entre renda, cor e raça. As mulheres negras tendem a ser mais pobres e, portanto, as mais vulneráveis. As políticas públicas deveriam ter uma focalização maior para reduzir a morte materna dessa população", disse Ana Julieta, coordenadora de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.

Lição de casa

Os partos cesárea e os cuidados com a saúde pré-natal também mostram que o Distrito Federal está longe de atingir níveis considerados aceitáveis. Os partos com intervenção cirúrgica cresceram nesse período, passando de 51,8% para 54,4%. A OMS estipula que apenas 15% sejam feitas dessa maneira.

Também aumentou o percentual de gestantes com nenhuma consulta pré-natal realizada até o momento do parto.

 

Fonte: Diário da Saúde - www.diariodasaude.com.br

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